DA REPORTAGEM LOCAL

A parceria entre clubes e prefeituras não entusiasma os moradores do ABC. Prova disso aconteceu anteontem, quando São Caetano e Santo André se enfrentaram pela primeira vez na elite do Estadual.
Só 1,5 mil torcedores foram ao Anacleto Campanella. Muitos com camisas de torcidas que também levam o nome de cartolas/políticos ligados ao São Caetano, como o deputado estadual Marquinhos Tortorel-lo, filho do prefeito da cidade, e do próprio Nairo Ferreira de Souza, presidente da equipe.
Mesmo com ótimas campanhas nos últimos anos, o São Caetano é decepção na bilheteria. No Brasileiro-03, quando ganhou vaga à Libertadores, foi lanterna de público, com média de 2,4 mil fãs por jogo.
Para quem trabalha no São Caetano, estádio vazio não é preocupação. "A exigência e a pressão é a mesma, com esse público ou 30 mil na arquibancada", diz o técnico Tite.
Pelo que aconteceu depois do jogo, o treinador parece ter razão. Alguns torcedores xingaram diretoria e alguns jogadores após o empate sem gols no clássico. O grupo ainda lançou um rojão na área onde estavam dirigentes e parentes dos atletas, causando pânico. (PC)


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