São Paulo, quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

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Líder, Ponte faz "faxina", livra-se de medalhões e incensa a simplicidade

DO ENVIADO A CAMPINAS

O futebolês, ou qualquer coisa rebuscada nos gramados, anda em baixa na Ponte Preta, que ostenta quatro vitórias e a liderança do Campeonato Paulista -aproveitamento de 100%.
Do ano passado para este, o time de Campinas trocou mais de meio time, optou por não contratar medalhões e incorporou o discurso de simplicidade do técnico Sérgio Guedes. Até agora, a estratégia tem dado certo.
A equipe enfrenta o Bragantino hoje, às 19h30, em Bragança Paulista, jogo considerado clássico regional.
"O futebol recebeu uma invasão de aparatos tecnológicos, mas é simples, eficaz, objetivo. Não se deve inventar muito. Quanto mais simples, mais eficaz é", diz o treinador, que assumiu o time na última rodada da Série B de 2007.
Aquela campanha foi abaixo da expectativa no clube, que tinha deixado a elite do futebol nacional em 2006. O 11º lugar na segunda divisão, no ano passado, serviu para uma "faxina" na Ponte Preta.
Dezesseis jogadores saíram. Dos titulares de 2007, só ficaram o goleiro Aranha e o atacante Vanderlei.
Dois ex-goleiros do clube são peças-chave na comissão técnica. Além do próprio técnico Sérgio Guedes, está Carlos Roberto Gallo, que foi titular da seleção na Copa do Mundo de 1986. Ele é preparador dos arqueiros na Ponte.
"Para tentar resgatar a Ponte, procuramos pessoas identificadas com o clube. Quis jogadores com vontade, com personalidade, que saibam que, se não ganharem, a torcida vai esperá-los para cobrar", afirma Sérgio.
O nome mais conhecido do atual elenco é o experiente zagueiro César, 32, que despontou na Portuguesa vice-campeã brasileira em 1996.
A dupla de ex-goleiros se completa, diz Sérgio. "Sou mais explosivo, o Carlos é mais tranqüilo." Tão tranqüilo a ponto de evitar entrevistas e deixar rapidamente o CT da Ponte após o treino.
A liderança momentânea não ilude o comandante. "Peço que eles [os jogadores] corram na frente, lutem pelo melhor. Vamos vender caro sempre", afirma Sérgio.
A Ponte bateu Ituano, Paulista, Mirassol e São Caetano, times que aparecem, no máximo, em 12º lugar.
Entre os atletas, o pensamento é aproveitar a chance no time sem estrelas para crescer no cenário nacional.
"A Ponte não trouxe jogador famoso, mas bons jogadores. Já teve muito atleta de nome que não rendeu aqui, e o time caiu. Era bom só no papel", afirma Aranha, o dono da camisa 1.0 (FABIO GRIJÓ)


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