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Líder, Ponte faz "faxina", livra-se de medalhões e incensa a simplicidade
DO ENVIADO A CAMPINAS
O futebolês, ou qualquer
coisa rebuscada nos gramados, anda em baixa na Ponte
Preta, que ostenta quatro vitórias e a liderança do Campeonato Paulista -aproveitamento de 100%.
Do ano passado para este, o
time de Campinas trocou
mais de meio time, optou por
não contratar medalhões e
incorporou o discurso de simplicidade do técnico Sérgio
Guedes. Até agora, a estratégia tem dado certo.
A equipe enfrenta o Bragantino hoje, às 19h30, em
Bragança Paulista, jogo considerado clássico regional.
"O futebol recebeu uma invasão de aparatos tecnológicos, mas é simples, eficaz, objetivo. Não se deve inventar
muito. Quanto mais simples,
mais eficaz é", diz o treinador,
que assumiu o time na última
rodada da Série B de 2007.
Aquela campanha foi abaixo da expectativa no clube,
que tinha deixado a elite do
futebol nacional em 2006. O
11º lugar na segunda divisão,
no ano passado, serviu para
uma "faxina" na Ponte Preta.
Dezesseis jogadores saíram. Dos titulares de 2007, só
ficaram o goleiro Aranha e o
atacante Vanderlei.
Dois ex-goleiros do clube
são peças-chave na comissão
técnica. Além do próprio técnico Sérgio Guedes, está Carlos Roberto Gallo, que foi titular da seleção na Copa do
Mundo de 1986. Ele é preparador dos arqueiros na Ponte.
"Para tentar resgatar a
Ponte, procuramos pessoas
identificadas com o clube.
Quis jogadores com vontade,
com personalidade, que saibam que, se não ganharem, a
torcida vai esperá-los para cobrar", afirma Sérgio.
O nome mais conhecido do
atual elenco é o experiente
zagueiro César, 32, que despontou na Portuguesa vice-campeã brasileira em 1996.
A dupla de ex-goleiros se
completa, diz Sérgio. "Sou
mais explosivo, o Carlos é
mais tranqüilo." Tão tranqüilo a ponto de evitar entrevistas e deixar rapidamente o CT
da Ponte após o treino.
A liderança momentânea
não ilude o comandante. "Peço que eles [os jogadores] corram na frente, lutem pelo melhor. Vamos vender caro sempre", afirma Sérgio.
A Ponte bateu Ituano, Paulista, Mirassol e São Caetano,
times que aparecem, no máximo, em 12º lugar.
Entre os atletas, o pensamento é aproveitar a chance
no time sem estrelas para
crescer no cenário nacional.
"A Ponte não trouxe jogador famoso, mas bons jogadores. Já teve muito atleta de
nome que não rendeu aqui, e
o time caiu. Era bom só no papel", afirma Aranha, o dono
da camisa 1.0
(FABIO GRIJÓ)
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