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Falastrão e intelectual, Sixto Vizuete, técnico do Equador, é atração à parte
DO ENVIADO A QUITO
Fanfarrão. Para os jogadores
brasileiros, o arquiteto de outra
boa atuação do Equador sobre
o time pentacampeão mundial
realmente é exibido, mas com
um currículo de intelectual.
Sixto Vizuete, 47, o técnico
do Equador que passou a semana dizendo que seu time era
melhor coletivamente do que o
de Dunga -fato verdadeiro pelo menos no jogo de ontem-, e
que o Brasil não sabia jogar na
altitude (outra verdade), tem
uma página oficial na internet
(www.sixtovizuete.com) em
que até anuncia seus telefones
e e-mail pessoais.
Ontem, antes de a bola rolar,
ele mais parecia um animador
de torcida, exibindo uma bandeira do Equador e dando passos que pareciam ensaiados.
No final, lamentou por sua
equipe ter jogado bem, mas não
ter saído vitoriosa. "Faltou sorte para transformar as diversas
chances em gol", declarou.
Sixto interrompeu uma série
de colombianos que dirigiram a
seleção do Equador por dez
anos. Chegou justificando a fama de "professor", forma pela
qual é chamado até por Rafael
Correa, o presidente equatoriano, que ontem não foi ao jogo
por admitir, com uma expressão local, que era "pé-frio".
Antes de seus arroubos nacionalistas, Sixto formou-se
em física e matemática. Depois,
cursou educação física. Fez
pós-graduação em Leipzig, na
Alemanha, e assumiu as categorias de base de seu país.
Antes da atuação de ontem,
os brasileiros diziam que ele teria o mesmo destino de chilenos e venezuelanos, que, segundo eles, também exageraram nas provocações e acabaram derrotados facilmente em
suas próprias casas.
"O Brasil merece mais respeito", havia dito Luis Fabiano,
que desta vez, porém, não fez
nada para "calar" o que classificou como provocação.0
(PC)
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