São Paulo, segunda-feira, 30 de março de 2009

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Falastrão e intelectual, Sixto Vizuete, técnico do Equador, é atração à parte

DO ENVIADO A QUITO

Fanfarrão. Para os jogadores brasileiros, o arquiteto de outra boa atuação do Equador sobre o time pentacampeão mundial realmente é exibido, mas com um currículo de intelectual.
Sixto Vizuete, 47, o técnico do Equador que passou a semana dizendo que seu time era melhor coletivamente do que o de Dunga -fato verdadeiro pelo menos no jogo de ontem-, e que o Brasil não sabia jogar na altitude (outra verdade), tem uma página oficial na internet (www.sixtovizuete.com) em que até anuncia seus telefones e e-mail pessoais.
Ontem, antes de a bola rolar, ele mais parecia um animador de torcida, exibindo uma bandeira do Equador e dando passos que pareciam ensaiados.
No final, lamentou por sua equipe ter jogado bem, mas não ter saído vitoriosa. "Faltou sorte para transformar as diversas chances em gol", declarou.
Sixto interrompeu uma série de colombianos que dirigiram a seleção do Equador por dez anos. Chegou justificando a fama de "professor", forma pela qual é chamado até por Rafael Correa, o presidente equatoriano, que ontem não foi ao jogo por admitir, com uma expressão local, que era "pé-frio".
Antes de seus arroubos nacionalistas, Sixto formou-se em física e matemática. Depois, cursou educação física. Fez pós-graduação em Leipzig, na Alemanha, e assumiu as categorias de base de seu país.
Antes da atuação de ontem, os brasileiros diziam que ele teria o mesmo destino de chilenos e venezuelanos, que, segundo eles, também exageraram nas provocações e acabaram derrotados facilmente em suas próprias casas.
"O Brasil merece mais respeito", havia dito Luis Fabiano, que desta vez, porém, não fez nada para "calar" o que classificou como provocação.0 (PC)


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