São Paulo, segunda-feira, 30 de abril de 2001

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PAINEL FC


Lama tricolor
O presidente Paulo Amaral tem uma crise política para contornar no São Paulo nesta semana. Um racha no grupo de situação Juventude, que apóia a atual direção do clube, pode produzir lama suficiente para CPI nenhuma botar defeito.

Em casa
Na última reunião do grupo Juventude, choveram acusações contra diretores do São Paulo. Os casos são graves e ameaçam até alguns cardeais. O Conselho Consultivo promete investigar as denúncias, antes que o Congresso o faça.

Quase surpresa
O estranhamento poderia ter sido maior. Leão só não convocou o atacante Leonardo, do Sport, para a seleção que enfrentou o Peru porque o jogador estava machucado.

Currículo
Até na Inglaterra já começa a ecoar o nome de Carlos Alberto Parreira para dirigir a seleção brasileira. O site www.onefootball.com ouviu o treinador e diz que ele já admite voltar ao comando caso a situação degringole de vez.

Olha o aviãozinho
O Sport deu uma de Vasco anteontem na final do "Nordestão", só que por motivos financeiros. Como o clube carioca, que na final da Copa João Havelange estampou voluntariamente a marca do SBT só para provocar a rival Globo, o Sport colocou, sem receber nada, a marca da TAM na sua camisa.

Voando baixo
Acha que assim convence de vez a companhia, com quem vem negociando, a patrocinar o time pernambucano. O presidente do Sport, Luciano Bivar, entende do ramo, pois é dono da empresa área BRA, uma nanica do setor.

Mão no bolso
O São Caetano espera o dinheiro da venda de César e Adhemar para contratar quatro reforços para o Brasileiro. A desclassificação no Paulista anteontem ameaçou o sonho do time de se tornar uma referência.

Quites
Eduardo José Farah pagou ontem sua última "dívida" com o interior de São Paulo. Após ter ajudado a erguer o Prudentão, no início desta década, o dirigente havia abandonado a cidade e o estádio, que leva seu nome. Com o clássico São Paulo x Corinthians em Prudente, Farah retoma seu plano de expansão.

Emergente
O Paulista deste ano marca também o crescimento de um clube que sempre teve o apreço de Farah, o Botafogo. O presidente do clube, Ricardo Ribeiro, é líder emergente do bloco intermediário do futebol brasileiro.

Asa negra
Um urubu pousou, literalmente, na sorte do Corinthians ontem em Prudente. A ave negra parecia o 12º jogador do clube, que ontem atuou com o uniforme preto. No intervalo, uma cena bizarra. O mascote da FPF, um esquilo chamado Serelepe, tentava espantar o bicho.

Rivais
Piada que corre em Ribeirão Preto e Campinas: Comercial e Guarani serão convidados para fazer a preliminar de Botafogo x Ponte Preta -afinal é preciso prestigiar a "segundona". Não dá para esquecer, no entanto, que até bem pouco tempo atrás Ponte e Bota estavam na A-2.

Poder brasileiro
O brasileiro Pedro Paulo Diniz tem até o final do ano para ampliar sua participação financeira na equipe Prost de F-1. Há quem assegure que ele, dono de 40% da escuderia, vai investir mais dinheiro e assumir o controle, só para poder colocar dois pilotos brasileiros na pista. Adivinha quem poderá ser um deles?

Ele mesmo
Luciano Burti estaria garantido para 2002. Diniz partiria em busca, então, de um piloto verde-amarelo de ponta. Sobrou quem? Ele mesmo, Rubens Barrichello. Na vaga do brasileiro na Ferrari entraria o finlandês Kimi Raikkonen, hoje na Sauber.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do presidente do Guarani, José Luis Lourenceti, sobre os protestos de torcedores do clube após o rebaixamento para a Série A-2 do Paulista:
- São oportunistas. Eles tumultuaram o ambiente nas últimas semanas. O Guarani também está neste estado por causa de gente como eles.

CONTRA-ATAQUE

A grama do vizinho
No início da década de 40, a Ponte Preta penava para abrigar suas partidas em Campinas. Sem estádio, o clube se via obrigado até a recorrer ao Guarani, o eterno arqui-rival, para poder mandar alguns de seus jogos.
Naquela altura, a situação já se tornava insustentável, com o clube campineiro sendo alvo da chacota dos adversários.
A gota d'água foi um jogo contra a Internacional, em Limeira.
Moisés Lucarelli, um importante dirigente da Ponte, resolveu acompanhar a delegação até a cidade vizinha. Enquanto aguardava o início da partida, Lucarelli começou a reparar a precariedade do gramado do estádio da Inter.
O dirigente não se conteve e comentou com um colega:
- Que situação. O gramado está péssimo, parece uma barba de bode. O estádio é horrível.
Um dirigente da Inter que ouviu a conversa retrucou:
- E vocês, que não têm nem estádio pra gente reclamar!
Naquele momento Lucarelli teria tomado a decisão de erguer o estádio que hoje leva seu nome em Campinas.



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