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FUTEBOL
De olho nas vagas de competições paralelas, Palmeiras e Santos se encaram no Brasileiro sem força e atenção totais
Primeiro clássico de SP vem "fora de hora"
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Jogadores e torcidas costumam
dar atenção especial a clássicos estaduais, mas a verdade é que o
Palmeiras x Santos de hoje surgiu
na hora errada para ambos.
Cedo demais para ser decisivo
no Brasileiro, o jogo das 16h no
Parque Antarctica pode servir só
para abalar o moral dos dois, que
têm outros alvos na semana.
O Santos quer ser semifinalista
da Copa do Brasil, torneio em que
o Ipatinga resistiu na Vila e tem a
vantagem do 0 a 0 na volta. O reanimado Palmeiras sonha com a
vaga para as quartas-de-final da
Libertadores, que define na quarta com o São Paulo, no Morumbi.
"Se fosse para pedir a Deus uma
vitória em um dos dois clássicos,
eu diria 100% o São Paulo", afirmou o goleiro Sérgio, do Palmeiras. Mesmo diante de um quadro
ruim: se não vencer o Santos, será
o quinto clássico paulista sem vitória do time do Parque Antarctica, que jogou cinco em 2006.
Para tirar o peso de seu time, o
técnico Marcelo Vilar trata a partida deste domingo como dispensável. "O jogador que vai se escalar. Se alguém não estiver se sentindo bem, vou entender e pôr
outro no lugar", disse ele.
Basicamente as mesmas intenções, ditas de forma diferente, saíram de Vanderlei Luxemburgo,
numa clara mostra de que o clássico não terá força total.
"O jogador fala que está bem e
que quer jogar de manhã, à tarde
e à noite. Mas se você vê uma possibilidade diferente, toma a decisão que tiver de tomar. Vou fazer
o melhor para o Santos neste momento. O risco faz parte do processo", disse o treinador.
Segundo o técnico santista, todos os jogadores estão aptos a entrar em campo, mas ele deverá
avaliar a disposição do atleta, a
avaliação feita pelo preparador físico, Antonio Mello, e o "olhômetro" da comissão técnica. "Fizemos os testes, e há atletas que não
conseguiram se recuperar ainda."
Apesar das duas equipes estarem disputando competições paralelas, Luxemburgo não acredita
que será um jogo fácil. "Na hora
em que começa, não tem jeito. É
clássico. O jogador que entra está
motivado e vai tentar se superar."
Os novos reforços do clube, Rodrigo Tiuí e Wellington Paulista,
não deverão estrear nesta partida.
Segundo Luxemburgo, só na próxima semana eles poderão ser opção para o banco de reservas.
Ainda sem poder contar com o
volante Maldonado, em recuperação, o treinador santista poderá
ter o retorno de Heleno, suspenso
contra o Ipatinga. Quem também
pode desfalcar a equipe é o volante Fabinho, que sentiu dores lombares e deverá ser poupado.
Os jogadores do Santos afirmaram estar preparados, mas dizem
que a decisão cabe apenas à comissão técnica da equipe. "Não
depende de mim, vai depender do
Vanderlei. Tenho certeza de que,
independentemente de quem começar jogando, vamos dar o máximo para conseguir o resultado
positivo", disse Cléber Santana.
No Palmeiras, também não apareceu quem quisesse ser poupado. Somente o volante Correa,
com dores nas costas, fica fora.
Reinaldo entrará em seu lugar.
Na reintegração entre Palmeiras
e Palmeiras B, caras velhas como
o volante Claudecir e o atacante
Muñoz aparecem como opções
para Vilar. "É jogador do Palmeiras, está recebendo salário, pode
ter que jogar se for preciso."
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