São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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FUTEBOL

De olho nas vagas de competições paralelas, Palmeiras e Santos se encaram no Brasileiro sem força e atenção totais

Primeiro clássico de SP vem "fora de hora"

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Jogadores e torcidas costumam dar atenção especial a clássicos estaduais, mas a verdade é que o Palmeiras x Santos de hoje surgiu na hora errada para ambos.
Cedo demais para ser decisivo no Brasileiro, o jogo das 16h no Parque Antarctica pode servir só para abalar o moral dos dois, que têm outros alvos na semana.
O Santos quer ser semifinalista da Copa do Brasil, torneio em que o Ipatinga resistiu na Vila e tem a vantagem do 0 a 0 na volta. O reanimado Palmeiras sonha com a vaga para as quartas-de-final da Libertadores, que define na quarta com o São Paulo, no Morumbi.
"Se fosse para pedir a Deus uma vitória em um dos dois clássicos, eu diria 100% o São Paulo", afirmou o goleiro Sérgio, do Palmeiras. Mesmo diante de um quadro ruim: se não vencer o Santos, será o quinto clássico paulista sem vitória do time do Parque Antarctica, que jogou cinco em 2006.
Para tirar o peso de seu time, o técnico Marcelo Vilar trata a partida deste domingo como dispensável. "O jogador que vai se escalar. Se alguém não estiver se sentindo bem, vou entender e pôr outro no lugar", disse ele.
Basicamente as mesmas intenções, ditas de forma diferente, saíram de Vanderlei Luxemburgo, numa clara mostra de que o clássico não terá força total.
"O jogador fala que está bem e que quer jogar de manhã, à tarde e à noite. Mas se você vê uma possibilidade diferente, toma a decisão que tiver de tomar. Vou fazer o melhor para o Santos neste momento. O risco faz parte do processo", disse o treinador.
Segundo o técnico santista, todos os jogadores estão aptos a entrar em campo, mas ele deverá avaliar a disposição do atleta, a avaliação feita pelo preparador físico, Antonio Mello, e o "olhômetro" da comissão técnica. "Fizemos os testes, e há atletas que não conseguiram se recuperar ainda."
Apesar das duas equipes estarem disputando competições paralelas, Luxemburgo não acredita que será um jogo fácil. "Na hora em que começa, não tem jeito. É clássico. O jogador que entra está motivado e vai tentar se superar."
Os novos reforços do clube, Rodrigo Tiuí e Wellington Paulista, não deverão estrear nesta partida. Segundo Luxemburgo, só na próxima semana eles poderão ser opção para o banco de reservas.
Ainda sem poder contar com o volante Maldonado, em recuperação, o treinador santista poderá ter o retorno de Heleno, suspenso contra o Ipatinga. Quem também pode desfalcar a equipe é o volante Fabinho, que sentiu dores lombares e deverá ser poupado.
Os jogadores do Santos afirmaram estar preparados, mas dizem que a decisão cabe apenas à comissão técnica da equipe. "Não depende de mim, vai depender do Vanderlei. Tenho certeza de que, independentemente de quem começar jogando, vamos dar o máximo para conseguir o resultado positivo", disse Cléber Santana.
No Palmeiras, também não apareceu quem quisesse ser poupado. Somente o volante Correa, com dores nas costas, fica fora. Reinaldo entrará em seu lugar.
Na reintegração entre Palmeiras e Palmeiras B, caras velhas como o volante Claudecir e o atacante Muñoz aparecem como opções para Vilar. "É jogador do Palmeiras, está recebendo salário, pode ter que jogar se for preciso."


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