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"Zebra do ABC" volta a aparecer no Morumbi
Com jogo eficiente, São Caetano amplia bom retrospecto na casa são-paulina
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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O meia santista Cléber Santana, artilheiro da equipe no Paulista-2007, é bloqueado por rivais ao tentar jogada no Morumbi |
São Caetano 2
Santos 0
DA REPORTAGEM LOCAL
"A-ha, u-hu, o Morumbi é
nosso." Empurrado pelos gritos da torcida, o São Caetano
provou de novo que, além de
estraga-prazeres dos grandes, é
na casa são-paulina que se sente mais à vontade para aparecer
como a "zebra do ABC".
Em 12 confrontos da equipe
no Morumbi neste século, foram cinco vitórias, três empates e quatro derrotas.
No primeiro jogo da decisão
estadual, o Santos teve de se
curvar ao adversário e deixar o
campo com um 2 a 0 contra, o
que o obriga a vencer o próximo
duelo, no domingo que vem,
pelo mesmo placar para ficar
com a taça do Paulista-2007.
Antes de a bola rolar, o técnico do São Caetano, Dorival Jr.,
avisou: "O Santos tem uma vantagem considerável. Porém
contamos com a confiança que
credenciou nossa equipe a chegar aonde chegou".
Confiança transformada em
ação. No segundo arremate ao
gol de Fábio Costa, o São Caetano abriu o placar. Ademir Sopa
afastou a bola da sua área em
direção ao campo adversário. A
zaga santista parou, e Luiz
Henrique, em posição legal, livrou-se de Antônio Carlos e
chutou para fazer 1 a 0.
Afoito, o Santos insistia em
afunilar seu jogo pelo meio. Zé
Roberto recebia marcação individual de Galiardo, enquanto
Cléber Santana tinha em sua
sombra Ademir Sopa.
Marcos Aurélio, isolado na
frente, ainda tentava buscar a
bola, mas, de costas para a zaga
adversária, não tinha muitas
chances de finalização.
A melhor oportunidade do
Santos apareceu nos pés de Zé
Roberto, já aos 44min. Cara a
cara com Luiz, o meia chutou
fraco, em cima do goleiro.
O termômetro do ânimo dos
santistas no intervalo veio nas
palavras do volante Maldonado. "Quem sabe alguém entra
com mais vontade na frente e a
gente faz um gol", afirmou.
A visão do chileno parece ter
sido a mesma do técnico Vanderlei Luxemburgo. A equipe
voltou com Pedrinho no lugar
de Dênis. Maldonado foi deslocado para atuar como ala pelo
lado direito. Tabata também
saiu para a entrada de Jonas.
Por pouco as substituições de
Luxemburgo não surtiram efeito imediato. Aos 6min, Pedrinho caiu pela esquerda e levantou na área para Jonas, completamente sozinho, cabecear fraco nas mãos de Luiz.
O arqueiro venceu outro confronto direto com o atacante
santista aos 18min, quando segurou um chute cruzado.
Mais eficiente que no tempo
inicial da decisão, o Santos passou a criar chance atrás de
chance para empatar. O perigo
para o clube da Baixada eram os
rápidos contragolpes do rival.
Aos 26min, por exemplo, Luxemburgo quase viu sua equipe
levar o segundo gol, mas Fábio
Costa pegou o chute à queima-roupa de Luiz Henrique.
Aos 30min, Dorival resolveu
fechar o time. Sacou Douglas
para a entrada de Marabá.
Depois, Marcelinho substituiu Luiz Henrique. E foi o atacante de fôlego novo quem incendiou a equipe. No primeiro
lance, arrancou em direção à
área santista. No rebote da
trombada com a zaga, foi chutado por Fábio Costa na grande
área. Pênalti que Somália converteu no ângulo direito para
isolar-se na artilharia do campeonato, com 13 gols.
No fim de tarde, das cadeiras
azuis do Morumbi ecoou o grito
de "bicampeão" puxado pela
barulhenta torcida do São Caetano.0
(JT, RC E RB)
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