São Paulo, segunda-feira, 30 de abril de 2007

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"Zebra do ABC" volta a aparecer no Morumbi

Com jogo eficiente, São Caetano amplia bom retrospecto na casa são-paulina

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O meia santista Cléber Santana, artilheiro da equipe no Paulista-2007, é bloqueado por rivais ao tentar jogada no Morumbi


São Caetano 2
Santos 0

DA REPORTAGEM LOCAL "A-ha, u-hu, o Morumbi é nosso." Empurrado pelos gritos da torcida, o São Caetano provou de novo que, além de estraga-prazeres dos grandes, é na casa são-paulina que se sente mais à vontade para aparecer como a "zebra do ABC".
Em 12 confrontos da equipe no Morumbi neste século, foram cinco vitórias, três empates e quatro derrotas.
No primeiro jogo da decisão estadual, o Santos teve de se curvar ao adversário e deixar o campo com um 2 a 0 contra, o que o obriga a vencer o próximo duelo, no domingo que vem, pelo mesmo placar para ficar com a taça do Paulista-2007.
Antes de a bola rolar, o técnico do São Caetano, Dorival Jr., avisou: "O Santos tem uma vantagem considerável. Porém contamos com a confiança que credenciou nossa equipe a chegar aonde chegou".
Confiança transformada em ação. No segundo arremate ao gol de Fábio Costa, o São Caetano abriu o placar. Ademir Sopa afastou a bola da sua área em direção ao campo adversário. A zaga santista parou, e Luiz Henrique, em posição legal, livrou-se de Antônio Carlos e chutou para fazer 1 a 0.
Afoito, o Santos insistia em afunilar seu jogo pelo meio. Zé Roberto recebia marcação individual de Galiardo, enquanto Cléber Santana tinha em sua sombra Ademir Sopa.
Marcos Aurélio, isolado na frente, ainda tentava buscar a bola, mas, de costas para a zaga adversária, não tinha muitas chances de finalização.
A melhor oportunidade do Santos apareceu nos pés de Zé Roberto, já aos 44min. Cara a cara com Luiz, o meia chutou fraco, em cima do goleiro.
O termômetro do ânimo dos santistas no intervalo veio nas palavras do volante Maldonado. "Quem sabe alguém entra com mais vontade na frente e a gente faz um gol", afirmou.
A visão do chileno parece ter sido a mesma do técnico Vanderlei Luxemburgo. A equipe voltou com Pedrinho no lugar de Dênis. Maldonado foi deslocado para atuar como ala pelo lado direito. Tabata também saiu para a entrada de Jonas.
Por pouco as substituições de Luxemburgo não surtiram efeito imediato. Aos 6min, Pedrinho caiu pela esquerda e levantou na área para Jonas, completamente sozinho, cabecear fraco nas mãos de Luiz.
O arqueiro venceu outro confronto direto com o atacante santista aos 18min, quando segurou um chute cruzado.
Mais eficiente que no tempo inicial da decisão, o Santos passou a criar chance atrás de chance para empatar. O perigo para o clube da Baixada eram os rápidos contragolpes do rival.
Aos 26min, por exemplo, Luxemburgo quase viu sua equipe levar o segundo gol, mas Fábio Costa pegou o chute à queima-roupa de Luiz Henrique.
Aos 30min, Dorival resolveu fechar o time. Sacou Douglas para a entrada de Marabá.
Depois, Marcelinho substituiu Luiz Henrique. E foi o atacante de fôlego novo quem incendiou a equipe. No primeiro lance, arrancou em direção à área santista. No rebote da trombada com a zaga, foi chutado por Fábio Costa na grande área. Pênalti que Somália converteu no ângulo direito para isolar-se na artilharia do campeonato, com 13 gols.
No fim de tarde, das cadeiras azuis do Morumbi ecoou o grito de "bicampeão" puxado pela barulhenta torcida do São Caetano.0 (JT, RC E RB)


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