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JOSÉ GERALDO COUTO
No calor da hora, o pequeno vira gigante
À medida que a estréia se
aproxima, parecem aumentar as dúvidas sobre a equipe titular do Brasil na
Copa do Mundo.
A cada dia é um jogador, antes "garantido", que tem sua
posição ameaçada: Kleberson,
Rivaldo, Edmilson... E isso é só o
começo.
Sou capaz de apostar que o time que estreará segunda-feira,
contra a Turquia, não será
mantido nos jogos seguintes.
Há quase uma tradição brasileira de não manter ao longo da
Copa a equipe que a inicia. Recordemos alguns exemplos.
Em 58, Pelé e Garrincha só entraram no terceiro jogo. De 66
seria melhor nem falar: só um
jogador, Jairzinho, atuou nas
três partidas do Brasil.
Em 82, Dirceu atuou na estréia, sendo depois substituído
por Cerezo. Em 86, o atacante
Casagrande, titular nas duas
primeiras partidas, perdeu logo
o lugar para Muller.
Em 94, o capitão Raí perdeu a
posição para Mazinho. Finalmente, em 98, Giovanni só foi
titular durante meio tempo.
Em sua maioria, essas mudanças refletem as diferentes
reações dos jogadores sob a
pressão da proximidade e da estréia numa Copa do Mundo.
Na "hora do vamos ver", alguns encolhem, outros crescem
-e, em vista disso, critérios táticos passam a segundo plano.
Juninho, sem dúvida, é dos
que crescem. Pode até não começar jogando contra a Turquia. Contudo não vai demorar
para conquistar seu lugar ao sol
nascente.
jgcouto@uol.com.br
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