São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 2002

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JOSÉ GERALDO COUTO

No calor da hora, o pequeno vira gigante

À medida que a estréia se aproxima, parecem aumentar as dúvidas sobre a equipe titular do Brasil na Copa do Mundo.
A cada dia é um jogador, antes "garantido", que tem sua posição ameaçada: Kleberson, Rivaldo, Edmilson... E isso é só o começo.
Sou capaz de apostar que o time que estreará segunda-feira, contra a Turquia, não será mantido nos jogos seguintes. Há quase uma tradição brasileira de não manter ao longo da Copa a equipe que a inicia. Recordemos alguns exemplos.
Em 58, Pelé e Garrincha só entraram no terceiro jogo. De 66 seria melhor nem falar: só um jogador, Jairzinho, atuou nas três partidas do Brasil.
Em 82, Dirceu atuou na estréia, sendo depois substituído por Cerezo. Em 86, o atacante Casagrande, titular nas duas primeiras partidas, perdeu logo o lugar para Muller.
Em 94, o capitão Raí perdeu a posição para Mazinho. Finalmente, em 98, Giovanni só foi titular durante meio tempo.
Em sua maioria, essas mudanças refletem as diferentes reações dos jogadores sob a pressão da proximidade e da estréia numa Copa do Mundo.
Na "hora do vamos ver", alguns encolhem, outros crescem -e, em vista disso, critérios táticos passam a segundo plano.
Juninho, sem dúvida, é dos que crescem. Pode até não começar jogando contra a Turquia. Contudo não vai demorar para conquistar seu lugar ao sol nascente.

jgcouto@uol.com.br



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