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Indianápolis vê missa e tietagem em clima militar
BARBARA GANCIA
DE INDIANÁPOLIS
Por mais que a invocadinha
Danica Patrick tenha causado
sensação ao longo da semana, a
grande estrela das 500 Milhas é
sempre a pista de Indianápolis.
Não tem para A.J. Foyt nem Al.
Unser: quem faz o herói de Indianápolis são as 2,5 milhas de
asfalto e as quatro curvas de 12
graus de inclinação, que permanecem inalteradas desde a
fundação do circuito, em 1911.
Na sexta-feira anterior à corrida, o jornal "The Indianapolis
Star" publicou uma reportagem sobre quanto custaria
construir uma nova pista com
tudo o que Indianápolis tem. O
prefeito José Serra que não nos
ouça: a conta da empreitada
sairia por US$ 708 milhões
(cerca de R$ 1,6 milhão).
A primeira atividade da manhã de domingo em Indianápolis foi uma missa na garagem
da Dallara, celebrada pelo padre Phil, um dos tantos profissionais que debandaram da
Cart para a IRL. Padre Phil pediu proteção aos pilotos, "especialmente àqueles com chassi
Dallara", deu a comunhão e
partiu em direção às garagens
da Penske e da Andretti-Green,
onde, na certa, abençoaria os
pilotos com a mesma exclusividade. Depois prometeu fazer
um pit stop no estande da
Marlboro -afinal, fumantes
também merecem a bênção.
Na "Gasoline Alley", onde estão localizadas algumas das garagens mais famosas do automobilismo, a tietagem começou a rolar logo cedo. O pai
ranzinza e o filho reclamão do
programa "American Chopper", que é apresentado na TV
paga, circulavam entre seus pares colhendo informações. Celebridades locais, como o ator
Tony Danza e Cheech Marin,
da dupla Cheech and Chong,
atraíram a atenção do público
até a chegada de um personagem maior, o general e ex-secretário de Estado, Collin Powell. O general foi convidado a
pilotar o Corvette que serviria
de carro madrinha e veio com a
lição de casa feita.
Em abril, ele deu várias voltas
no circuito para se adaptar à
velocidade. Sobre o carro, pouco teve a aprender, já que possui um Corvette.
Minutos antes do início da
prova, os telões da pista mostraram imagens diretas de Bagdá, com militares saudando os
pilotos das 500 Milhas. As arquibancadas quase vieram
abaixo. O enfoque militar continuou com um desfile em carro aberto de soldados de todas
as forças. E fechou com o sobrevôo do autódromo por um
B-2, avião militar que consegue
ser mais caro até do que o circuito de Indianapolis. Custa
US$ 1 bilhão.
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