|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Copa 2006
Quarteto ofensivo testa hoje outra vez fôlego de Kaká
Seleção brasileira realiza às 15h30, contra o Lucerna, na Suíça, o penúltimo amistoso de preparação para o Mundial
Do quadrado mágico, atleta do Milan é quem mais jogou na temporada e menos teve folgas nos treinos do Brasil,
mas terá a maior sobrecarga
PAULO COBOS
RICARDO PERRONE
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A WEGGIS
A missão mais espinhosa, e a
que exige mais preparo físico,
para a manutenção do "quarteto mágico" está nas costas justamente do jogador, entre os titulares da seleção de Carlos Alberto Parreira, que mais suou
na temporada 2005/2006 do
futebol europeu.
O amistoso de hoje contra o
Lucerna, o primeiro na preparação final do Brasil para a Copa, será o 56º jogo de Kaká, 24,
no "ano fiscal" do futebol europeu (isso incluindo os compromissos oficiais do Milan e todas
as partidas do time nacional).
A maratona não lhe deu os
mesmos benefícios de companheiros de equipe que jogaram
bem menos do que ele.
Ronaldinho, apontado pela
comissão técnica como um dos
mais exaustos do elenco, fez
nove jogos a menos do que Kaká na temporada. Por isso, tem
até permissão para descansar
enquanto os colegas treinam.
Os veteranos Cafu e Ronaldo
fizeram pouco mais da metade
dos jogos do milanista, mas o
primeiro tem liberdade vigiada
para avançar ao ataque e o segundo terá pouca ou nenhuma
responsabilidade defensiva.
Parreira não cansa de dizer
que, para que o quarteto seja
mantido, Kaká e Ronaldinho
precisam ajudar na marcação.
"Não vamos ganhar uma Copa
do Mundo jogando no 4-2-4",
diz o técnico. Mas, como fala toda hora que Ronaldinho terá a
mesma liberdade que lhe é dada no Barcelona, Parreira vai
exigir que Kaká faça o papel de
meia e atacante. E o mais jovem
dos titulares diz não temer isso.
"Tudo é diferente agora. Minha responsabilidade tem crescido gradualmente. Isso é muito bom", diz o ex-são-paulino,
que em 2002 jogou poucos minutos na campanha do penta
-agora, apesar da maratona no
Milan, fala que está pronto para
atuar em todos os jogos.
Kaká não reclama de ter que
mudar de forma acentuada de
função. No Milan, ele é o meia
que tem liberdade para fazer a
principal ligação com os atacantes. Na seleção, joga pela direita, em espaço limitado.
Entre os integrantes do quarteto criado por Parreira, quem
tem mais autoridade para falar
dele é Kaká. Desde que o sistema foi adotado pela primeira
vez, no duelo contra o Uruguai
pelas eliminatórias, ele foi o
único a participar das 14 partidas que a seleção fez quando
pôde contar com força máxima
-nos jogos contra Guatemala e
Bolívia, Parreira usou reservas.
"O quarteto é um esquema
bom", fala Kaká. Porém repete
Parreira e diz que a tática pode
ser trocada durante o Mundial
caso não funcione bem.
O técnico, que tem priorizado a marcação nos treinos, diz
que está satisfeito com o desenvolvimento do time. "Está tudo
dentro do previsto, estamos
dando entrosamento gradativo
à equipe", disse Parreira, que,
além do teste de hoje, em jogo
que começa às 15h30, irá encarar a frágil Nova Zelândia.
Depois de enfrentar o time
da Oceania, no domingo, já viaja para a Alemanha. A estréia na
Copa acontece em 13 de junho,
em Berlim, contra a Croácia.
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Entrevista: "Chegarei 100% para a estréia", diz peça-chave Índice
|