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Para técnico do Racing, não houve a penalidade
dos enviados a Ozoir-la-Ferrière
Para o técnico e alguns jogadores
do Racing de Paris, o pênalti que
resultou na derrota do time para
os titulares da seleção brasileira no
treino de ontem não existiu.
De modo geral, eles consideraram que a equipe brasileira não se
esforçou durante o treino, motivo
do equilíbrio e mesmo dos ataques
realizados pelo Racing.
"Não acho que eles tenham
jogado com a intenção de ganhar", afirmou o treinador
Jean-Marie Lawniczak, 58.
Para ele, não houve falta sobre o
atacante Bebeto no lance em que o
preparador físico Marcos Moura
Teixeira apontou o pênalti.
"Foi uma forma de fazer o Ronaldo treinar cobrança de pênalti", ironizou Lawniczak.
A opinião do treinador é compartilhada pelo meia Lelann, 27.
Questionado sobre se pênalti havia sido inventado, respondeu:
"É verdade, mas foi muito bem
cobrado pelo Ronaldo".
Lelann declarou ter ficado satisfeito porque seu time conseguiu
equilibrar o jogo com o Brasil.
Para a equipe parisiense, o fato
de ser treino não tirou o valor de
encontrar a equipe brasileira.
"Para nós, foi interessante.
Tratamos de aproveitar todas as
ocasiões que se apresentaram ao
nosso time", disse Lawniczak, referindo-se às chances de gol que
seu time conseguiu criar contra a
defesa brasileira.
Por diversas vezes, os jogadores
do Racing conseguiram passar pela defesa brasileira, mas não chegaram a completar com perigo
contra o gol de Taffarel.
"Creio que criamos duas ou
três ocasiões que fizeram a diferença, mas, infelizmente, não fizemos o gol, o que nos teria dado um
enorme prazer."
Lawniczak dirige há 23 anos o
Racing, que já foi um dos mais fortes times da França, e se diz um
adepto do futebol ofensivo.
"Nossa equipe é reputada por
tratar bem a bola." Hoje, o Racing
está na Divisão Nacional, correspondente a uma terceira divisão.
Mais vontade
Menos satisfeito com o treino de
ontem ficou o zagueiro Delgerry,
27, do Les Lillas, que jogou contra
a equipe reserva. "O Brasil não
jogou", afirmou.
Ele reclamou que Bebeto estava
impedido quando marcou o gol
que definiu o placar. "O bandeira (Marcos Moura Teixeira) marcou, mas o juiz (o preparador físico Paulo Paixão) confirmou o gol
porque quis. Para mim, foi 0 a 0."
Já o técnico do Les Lillas, Camille Choquier, 56, considerou que a
equipe reserva do Brasil, ontem,
estava melhor do que a titular.
"Ela estava muito mais viva,
com mais velocidade, e a titular se
resignou a ficar na espera."
Na opinião de Choquier a equipe
reserva também não mostrou
"grande coisa" no plano tático.
"Mas isso foi um pouco por
nossa causa, pois jogamos bastante fechados", afirmou.
Segundo ambos os técnicos, não
houve nenhum pedido da CBF para que as equipes evitassem jogadas mais duras durante o treino.
(RA, JCA, MD)
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