São Paulo, sábado, 30 de maio de 1998

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BASQUETE
Atual campeão do mundo joga com anfitriã Alemanha, equipe que mais errou entre os times classificados
Seleção brasileira enfrenta líder em erros

LUÍS CURRO
enviado especial a Berlim

A seleção brasileira feminina estréia hoje na segunda fase do Mundial da Alemanha contra a equipe recordista em erros entre as classificadas para esta etapa.
O Brasil, atual campeão do mundo, enfrenta as anfitriãs no primeiro jogo do Grupo F, em Berlim, às 15h (10h de Brasília), no ginásio Max-Schmeling-Halle.
As alemãs tiveram na primeira fase 71 erros no total (média de 23,7 por partida). Só perdem para o já desclassificado Congo, que teve um total de 80 erros.
Nas estatísticas, os erros são a soma das bolas perdidas para as adversárias com vários tipos de violações, como "andadas", três segundos no garrafão ofensivo, passe para fora da quadra.
Entre as 12 seleções que participam da segunda fase (seis no Grupo E e seis no F), a Alemanha é disparada a líder em erros. Depois dela vem a China, com 48 erros (média de 16 por partida).
"Constatei o problema, mas não tenho uma solução para ele. Austrália e Cuba foram muito fortes e agressivas na marcação contra nós", declarou o técnico alemão Bernd Motte, 42, há quatro anos no comando da seleção.
Contra Cuba, a equipe teve 26 erros, e contra a Austrália, 23. Mesmo na única vitória alemã, na estréia contra o fraco Congo, a equipe perdeu a bola 22 vezes.
A seleção brasileira, por sua vez, foi a que menos errou na primeira fase: 36 vezes (12 de média por jogo). A seguir vem a seleção húngara, com 37 (12,3 de média).
Informado pela Folha da quantidade de erros das alemãs, o treinador Antonio Carlos Barbosa, 53, disse que o Brasil tem a opção de "marcar sob pressão".
"Isso dá mais velocidade ao jogo e pode forçá-las a andar a a dar passes errados", afirmou ele.
"Temos que jogar muito forte na marcação, para recuperarmos mais bolas", acrescentou a ala-armadora Silvinha Luz.
A seleção roubou até agora 31 bolas (média de 10,3 por jogo), sendo a oitava em eficiência no Mundial. A líder é Cuba, com 43 roubadas (média de 14,3).
Barbosa afirmou temer a altura das alemãs, que tem as pivôs Heike Roth e Marlies Askamp, ambas com 1,91 m, e Olga Pfeifer, 1,89 m.
Por isso, o treinador disse poder, durante a partida, colocar a reserva Cíntia Tuiú (1,96 m) ao lado de Alessandra (2,00 m).
Se isso acontecer, a armadora Helen Luz vai para o banco, e a ala Paula volta à armação, como aconteceu, com sucesso, na última vitória contra a Hungria.
Bernd Motte disse não contar com uma vitória contra as brasileiras. Tentará bater eslovacas e húngaras para tentar chegar às quartas-de-final. "Não creio que temos chance contra o Brasil."
O Brasil está invicto, tendo vencido, além da Hungria, Coréia do Sul e Eslováquia na primeira fase.
Além de Alemanha, enfrenta na segunda fase Cuba, amanhã, e Austrália, na segunda-feira.
No Grupo F ainda estão Eslováquia e Hungria, segunda e terceira colocadas do Grupo D, vencido pelas brasileiras. No Grupo E, em Bremen, jogam EUA, Rússia, Japão, Espanha, China e Lituânia.

NA TV - Bandeirantes, ao vivo, às 14h



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