RODRIGO BUENO
da Reportagem Local

A marca do São Paulo do técnico Paulo César Carpegiani no Campeonato Paulista é a eficiência.
O time, que joga hoje contra o Rio Branco já classificado para as semifinais, é um dos que menos finalizam a gol neste campeonato, mas é dono do melhor ataque. A equipe é a que menos desarma, mas possui a defesa menos vazada da competição.
O São Paulo tem média de três gols por partida no Paulista -já marcou 45. Segundo os números do Datafolha, a equipe finaliza 16 vezes, em média, por jogo -apenas Matonense e Portuguesa Santista finalizam menos no torneio.
Os são-paulinos têm a menor média de gols sofridos no Paulista (1,06 por jogo). Mas o São Paulo faz só 119,2 desarmes por jogo, sendo lanterninha no fundamento, básico para uma boa defesa.
"A minha equipe é prática. Trabalha com simplicidade. Procuro dar equilíbrio ao time, na defesa, meio-campo e ataque", disse Paulo César Carpegiani ao tomar conhecimento das estatísticas.
No ataque, o aproveitamento são-paulino impressiona. Pelos números do Datafolha, é possível constatar que o São Paulo faz um gol a cada 5,3 finalizações.
Para se ter uma idéia da eficiência são-paulina, o Santos, segundo melhor ataque do torneio, faz um gol, em média, a cada 7,5 finalizações (veja quadro abaixo).
O atacante Marcelinho, vice-artilheiro do time, com sete gols, é o exemplo maior da eficiência do São Paulo. O jogador acerta 57,1% das finalizações que faz, índice bem maior que o do artilheiro da equipe, Dodô, que tem oito gols e acerto de 41,1% nas finalizações.
"O São Paulo tem jogadores que batem bem na bola, e eu sou um deles. Acho que esse bom aproveitamento vem com os treinamentos. Meus chutes vão geralmente no gol. Quando não vão, passam perto", disse Marcelinho.
Marcelinho virou titular no Paulista, e Dodô foi para a reserva.
A eficiência do São Paulo também é vista nos passes.
O time tem 82,1% de aproveitamento no fundamento -é o terceiro melhor entre os times do Paulista.