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"PINGA NI MIM"
Temporal de verão surpreende alemães, penetra cobertura de estádio de R$ 545 mi e causa apreensão para Copa
Teto falha com chuva e cria cachoeira no campo
DOS ENVIADOS A FRANKFURT
Na primeira vez em que a natureza testou um estádio da Copa das Confederações -ou seja,
um estádio do Mundial-2006-,
o resultado foi desabonador para
organizadores dos dois torneios.
Uma surpresa em meio ao calor escaldante do verão alemão,
começou a chover em Frankfurt
minutos antes do início de Brasil
x Argentina e, antes da metade
do primeiro tempo, a chuva virou temporal. O moderno e vistoso teto retrátil do Waldstadion,
estádio cuja reforma custou
188 milhões (cerca de R$ 545 milhões), primeiro revelou algumas poucas goteiras e certa vulnerabilidade à chuva.
Em meio a relâmpagos e trovões, os pingos que caíam deixavam o gramado escorregadio,
causando muitas quedas entre os
jogadores das duas equipes.
Quando o volume d'água aumentou, abriu-se um rombo na
cobertura, pelo qual passou a vazar uma verdadeira cachoeira,
quase em cima da marca de escanteio do lado direito do ataque
do Brasil no primeiro tempo. Os
fotógrafos que estavam ali perto
tiveram de ser remanejados.
Para tentar acelerar a drenagem, operários recorreram à rudimentares tridentes, com os
quais furavam o chão. O sistema
de som do estádio pediu aos torcedores que evitassem sair de
seus lugares, porque as escadarias estavam escorregadias.
Pela internet, o site oficial define a condição do gramado durante a partida como "seco".
Tidos como sisudos, os alemães demonstraram grande
senso de humor, no intervalo do
jogo, quando ainda chovia a cântaros e eles colocaram no alto-falante do estádio a música "Raindrops Keep Falling on My
Head". No segundo tempo, a
chuva diminuiu, mas o local
abaixo do rombo seguiu encharcado. A torcida foi ao delírio
quando um jogador argentino
foi cobrar o primeiro escanteio
daquele lado. Ao conduzir a bola
para a marca da cobrança, ela ficou presa na poça.
Em entrevista ao final da partida, o Comitê Organizador do
torneio se desculpou pelo problema, atribuído ao pouco tempo que teve para testar o estádio
desde a sua reabertura -após a
reforma, foi entregue somente
em 31 de maio passado.
Os organizadores disseram
ainda que foi a primeira vez que,
depois de reaberto, o campo recebeu um jogo debaixo de tão
forte chuva e prometeram tomar
as providências para evitar a repetição do incidente em 2006.
A cachoeira no teto durante a
final soma-se assim a outro problema verificado na Copa das
Confederações, este com maior
incidência: invasões de campo.
Cinco partidas do torneio foram interrompidas no meio por
causa da entrada de invasores,
no que foi classificado como
uma "vergonha" para os alemães
por Franz Beckenbauer, presidente do Comitê Organizador da
Copa do ano que vem.
(FV E PC)
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