São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2005

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Samba dá tom da festa e enrola línguas de rivais

DOS ENVIADOS A FRANKFURT

Os jornalistas estrangeiros se entreolhavam boquiabertos, sem entender. À sua frente, os campeões cantavam a plenos pulmões coisas ininteligíveis.
Como a letra do samba-enredo de 1991 da União da Ilha: "Hoje eu vou tomar um porre (...) Nessa vou de bar em bar, beber a vida, que eu sempre quis". Ou a clássica marchinha "Você pensa que cachaça é água". Ou ainda um refrão improvisado: "Pula, sai do chão, o Brasil é campeão". A batucada iniciada no gramado invadiu o vestiário e a zona mista, área reservada para as entrevistas.
Todos os jogadores são obrigados pela entidade a passar pelo corredor cercado de jornalistas, mas, obviamente, ninguém tem obrigação de falar.
E, à maneira da festa do penta em 2002, os brasileiros não falaram. Na ocasião, descobriria-se depois ter sido protesto à postura da imprensa.
Alguns atletas conversaram com os repórteres ao chegar ao hotel da seleção. Muitos, como Robinho e Léo, ficaram no bar do hotel conversando. Outros foram à boates de Frankfurt.
Quando tudo passou, o que mais se ouvia eram jornalistas de outros países perguntando aos brasileiros: "Como eu posso traduzir "Você pensa que cachaça é água?'". (FV E PC)

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