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Samba dá tom da festa e enrola línguas de rivais
DOS ENVIADOS A FRANKFURT
Os jornalistas estrangeiros se
entreolhavam boquiabertos,
sem entender. À sua frente, os
campeões cantavam a plenos
pulmões coisas ininteligíveis.
Como a letra do samba-enredo de 1991 da União da Ilha:
"Hoje eu vou tomar um porre
(...) Nessa vou de bar em bar,
beber a vida, que eu sempre
quis". Ou a clássica marchinha
"Você pensa que cachaça é
água". Ou ainda um refrão improvisado: "Pula, sai do chão, o
Brasil é campeão". A batucada
iniciada no gramado invadiu o
vestiário e a zona mista, área
reservada para as entrevistas.
Todos os jogadores são obrigados pela entidade a passar
pelo corredor cercado de jornalistas, mas, obviamente, ninguém tem obrigação de falar.
E, à maneira da festa do penta
em 2002, os brasileiros não falaram. Na ocasião, descobriria-se depois ter sido protesto à
postura da imprensa.
Alguns atletas conversaram
com os repórteres ao chegar ao
hotel da seleção. Muitos, como
Robinho e Léo, ficaram no bar
do hotel conversando. Outros
foram à boates de Frankfurt.
Quando tudo passou, o que
mais se ouvia eram jornalistas
de outros países perguntando
aos brasileiros: "Como eu posso traduzir "Você pensa que cachaça é água?'".
(FV E PC)
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