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Brasil avaliza Parreira, e 83% acreditam no hexa
Datafolha aponta que mais gente confia no título hoje do que em 2002, e treinador atual é mais bem avaliado que Scolari há quatro anos
Técnico tem 64% de aprovação, e 71% querem que ele siga à frente da seleção
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Nunca o país julgou tão bem
o trabalho de Carlos Alberto
Parreira, que faz da seleção brasileira a favorita ao título de
acordo com 83% da população.
A pesquisa realizada ontem e
anteontem pelo Datafolha
aponta que o trabalho do treinador do Brasil é considerado
bom ou ótimo por 64% do entrevistados. Mais ainda, 71%
das pessoas consultadas defendem a permanência de Parreira
em seu cargo após a Copa.
Com tamanha aprovação do
comandante, a esperança de
mais uma conquista da Copa
atingiu um patamar inédito,
considerando as pesquisas anteriores, feitas em 2002 e 1994.
No ano do tetracampeonato,
66% dos brasileiros acreditavam no título. Há quatro anos,
eram 64%. As duas marcas são
bem menos expressivas do que
os 83% computados agora.
Contudo a pesquisa de 1994
foi feita quatro dias antes do
início da Copa do Mundo
-quando o desempenho da seleção era alvo de desconfiança.
A de 2002 aconteceu logo
após o Brasil estrear contra a
Turquia -quando venceu por 2
a 1, graças a um erro da arbitragem, que assinalou pênalti numa falta sofrida pelo atacante
Luizão na entrada da área.
O levantamento deste ano
aconteceu nos dois dias seguintes à vitória por 3 a 0 sobre Gana, nas oitavas-de-final.
Outro fator apontado pelo
Datafolha é que Parreira é mais
bem avaliado do que foi Luiz
Felipe Scolari -hoje comandante da seleção portuguesa-
durante a Copa de 2002.
No Mundial do Japão e da
Coréia do Sul, há quatro anos, a
aprovação do treinador gaúcho
era de 51%, contra os 64% que
Parreira ostenta hoje.
A boa avaliação do atual comandante é tão expressiva que
boa parte das pessoas (44%)
nem sequer soube indicar o
melhor nome para ficar na vaga
de Parreira caso ele opte por
deixar a seleção brasileira.
Porém o treinador ainda não
conseguiu igualar um de seus
feitos de 1994, despertar grande interesse no Mundial em
56% dos brasileiros -a marca
mais alta, considerando também a pesquisa de 2002.
Em 2006, é pouco mais da
metade do país (51%) que respondeu ter grande interesse na
competição. Considerando
apenas a população masculina,
a marca atinge 55%.
Por outro lado, só 10% dos
entrevistados afirmaram não
dar nenhuma atenção à Copa
-metade do percentual registrado em 1994. Isso foi impulsionado pelo fato de 47% das
mulheres terem revelado "um
pouco de interesse" no torneio.
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