São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 2006

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Brasil avaliza Parreira, e 83% acreditam no hexa

Datafolha aponta que mais gente confia no título hoje do que em 2002, e treinador atual é mais bem avaliado que Scolari há quatro anos

Técnico tem 64% de aprovação, e 71% querem que ele siga à frente da seleção


LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nunca o país julgou tão bem o trabalho de Carlos Alberto Parreira, que faz da seleção brasileira a favorita ao título de acordo com 83% da população.
A pesquisa realizada ontem e anteontem pelo Datafolha aponta que o trabalho do treinador do Brasil é considerado bom ou ótimo por 64% do entrevistados. Mais ainda, 71% das pessoas consultadas defendem a permanência de Parreira em seu cargo após a Copa.
Com tamanha aprovação do comandante, a esperança de mais uma conquista da Copa atingiu um patamar inédito, considerando as pesquisas anteriores, feitas em 2002 e 1994.
No ano do tetracampeonato, 66% dos brasileiros acreditavam no título. Há quatro anos, eram 64%. As duas marcas são bem menos expressivas do que os 83% computados agora.
Contudo a pesquisa de 1994 foi feita quatro dias antes do início da Copa do Mundo -quando o desempenho da seleção era alvo de desconfiança.
A de 2002 aconteceu logo após o Brasil estrear contra a Turquia -quando venceu por 2 a 1, graças a um erro da arbitragem, que assinalou pênalti numa falta sofrida pelo atacante Luizão na entrada da área.
O levantamento deste ano aconteceu nos dois dias seguintes à vitória por 3 a 0 sobre Gana, nas oitavas-de-final.
Outro fator apontado pelo Datafolha é que Parreira é mais bem avaliado do que foi Luiz Felipe Scolari -hoje comandante da seleção portuguesa- durante a Copa de 2002.
No Mundial do Japão e da Coréia do Sul, há quatro anos, a aprovação do treinador gaúcho era de 51%, contra os 64% que Parreira ostenta hoje.
A boa avaliação do atual comandante é tão expressiva que boa parte das pessoas (44%) nem sequer soube indicar o melhor nome para ficar na vaga de Parreira caso ele opte por deixar a seleção brasileira.
Porém o treinador ainda não conseguiu igualar um de seus feitos de 1994, despertar grande interesse no Mundial em 56% dos brasileiros -a marca mais alta, considerando também a pesquisa de 2002.
Em 2006, é pouco mais da metade do país (51%) que respondeu ter grande interesse na competição. Considerando apenas a população masculina, a marca atinge 55%.
Por outro lado, só 10% dos entrevistados afirmaram não dar nenhuma atenção à Copa -metade do percentual registrado em 1994. Isso foi impulsionado pelo fato de 47% das mulheres terem revelado "um pouco de interesse" no torneio.


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