São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 2006

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Há 5 anos na França, Juninho vira informante de Parreira e expõe rival

DOS ENVIADOS A BERGISCH GLADBACH

O técnico Carlos Alberto Parreira tem um pequeno exército de espiões pagos pela Confederação Brasileira de Futebol.
Mas, a dois dias de enfrentar a França no mata-mata que vale vaga nas semifinais do Mundial, ele recorreu a um jogador seu para se informar sobre o adversário de amanhã.
Há cinco anos no Lyon, Juninho foi abordado ontem pelo treinador. "Ele me fez algumas perguntas, tirou algumas dúvidas. É natural. Se o jogo fosse contra a Espanha, ele falaria com o Roberto Carlos. Se fosse contra a Itália, com o Cafu. Foram uns sete minutos de conversa, no máximo dez. Queria saber mais sobre o Ribéry e o Malouda", diz Juninho, que já foi eleito o melhor jogador do Campeonato Francês.
O atleta deu uma explicação detalhada a Parreira -e repetiu depois aos repórteres.
Sobre Ribéry, disse que o meia, autor de um gol contra a Espanha, é como o ponta de antigamente, que driblava muito e também sabia cruzar.
Sobre o time francês em si, foi detalhista. "Tecnicamente, é o melhor adversário. Eles não deixam jogar, vão fechar com cinco [jogadores] no meio, adiantarão mais o Zidane para ele não ter que voltar pelos lados", falou ele, que prosseguiu.
"O Henry vai jogar sozinho na frente. Não vão fazer marcação por pressão na nossa saída de bola. Eles preferem voltar para diminuir o espaço no meio", explicou Juninho. Ele pode jogar amanhã na vaga de Kaká, que tem dores no joelho.
"Estou pronto para jogar, mas é chato entrar no lugar de um companheiro machucado", afirma Juninho, que já avisa que conseguirá apoio para a seleção no país do adversário.
"Alguns torcedores do Lyon até vão torcer para o Brasil pelo carinho que têm por mim", promete.0 (EAR, PC, RP E SR)


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