São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 2006

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entrevista

"O objetivo mínimo é ir às semifinais"

FERNANDO VALEIKA DE BARROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BERLIM

Jürgen Klinsmann era uma unanimidade às avessas na Alemanha, criticado por tudo. Durante a Copa, porém, ele reconquistou a confiança. Na véspera do mata-mata contra a Argentina, diz que seu time pode até ser favorito, mas não é arrogante, e está positivamente tenso.

 

PERGUNTA - Como a Alemanha encara o jogo contra a Argentina?
JÜRGEN KLINSMANN -
Com a alegria de disputar uma partida especial contra uma das melhores seleções do mundo. Estamos confiantes em nosso trabalho, principalmente no das últimas seis semanas, quando pudemos conviver mais intensamente. Há otimismo, mas não arrogância. Creio que, em jogos eliminatórios tudo é possível. Respeitamos a Argentina, mas sabemos que é possível ganhar dela se estivermos bem em campo.

PERGUNTA - Muitos colocam a Alemanha, que joga diante da sua torcida, como favorita neste jogo. O que o senhor acha?
KLINSMANN -
Acho ótimo depois de dois anos de trabalho ter colocado a nossa equipe entre as oito melhores do mundo, mas queremos ir ainda mais longe. Agora é a hora de confirmar um trabalho. Agora é a hora de buscar um resultado ainda melhor. Nosso objetivo mínimo é chegar às semifinais.

PERGUNTA - Como será o duelo tático entre o senhor e o argentino José Pekerman?
KLINSMANN -
Admiro o trabalho de Pekerman. Ele conhece bem os seus atletas já que a maioria trabalhou ao seu lado nas categorias sub-17 e sub-20. É um ótimo técnico.

PERGUNTA - O time está tenso?
KLINSMANN -
Este comportamento é normal. É uma tensão positiva e já aconteceu antes da nossa partida contra a Suécia. Meu time está concentrado, mas não nervoso. Temos jovens que querem mostrar seu jogo e jogadores experientes que os motivam.

PERGUNTA - Por que seu time está jogando na Copa melhor do que nas partidas de preparação?
KLINSMANN -
Por que estamos na fase final de um trabalho. Os jogos preparatórios foram importantes para consertarmos erros.

PERGUNTA - O senhor tem receio de perder a partida?
KLINSMANN -
Não tenho. Acho que em uma partida como esta o bom para o time é poder crescer e ter nível para competir com os melhores.

PERGUNTA - O senhor já pensa em Itália ou Ucrânia, a partida de onde poderá sair o próximo adversário da Alemanha?
KLINSMANN -
Ainda não penso nisso, até porque ainda não nos classificamos para as semifinais. Primeiro temos de resolver o nosso jogo, depois assistiremos à partida entre italianos e ucranianos.


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