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Torcidas chegam otimistas a Hamburgo
ENVIADO ESPECIAL A HAMBURGO
Foi só no final da tarde de ontem que começaram a sair dos
trens os primeiros grupos de
camisas da Itália e da Ucrânia.
Tímidos, os torcedores que as
vestiam não traziam cornetas
nem apitos, não tinham as faces
nem os cabelos pintados. No
máximo, balançavam lentamente uma bandeira.
Sem nenhum jogo ontem,
quase não se viam pelas ruas de
Hamburgo camisas de seleções.
Mas, no aparente desânimo,
se escondia uma confiança exagerada -sobretudo para os que
viam seu país numa Copa pela
primeira vez.
"Estamos tão confiantes
quanto vocês brasileiros. Você
deveria perguntar aos italianos
se eles acham que vão ganhar,
não a nós", diz Oleg Azutov, que
serviu de porta-voz de um grupo de dez ucranianos. "Hamburgo já nos deu sorte antes.
Mais do que para eles."
Na cidade, a Ucrânia goleou a
Arábia Saudita por 4 a 0. Ainda
em Hamburgo, a Itália ganhou
da República Tcheca por 2 a 0.
Os italianos, claro, discordam do otimismo dos adversários. Mas são mais contidos ao
falar do jogo. "Acho que vamos
ganhar, mas será um jogo difícil", afirma Lorenzo Fisichella.
Entre os moradores da cidade, a preferência é pela Ucrânia. Pois o vencedor do confronto pega a Alemanha, caso
ela passe pela Argentina.
"Preferimos pegar um time
sem tradição, mas vamos ganhar de qualquer um dos dois",
diz Patrick Büchner.
Mas, entre a maior parte dos
habitantes locais, há um certo
desinteresse pelo Mundial.
Dois alemães que tinham ganhado ingressos tentavam vendê-los. Diziam que até iriam ao
estádio se lá jogassem Brasil e
França. Cambistas ingleses informavam que só conseguiam
revender os ingressos por
120, quando obtiveram 700
na partida Brasil e Gana.
(UM)
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