São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Torcidas chegam otimistas a Hamburgo

ENVIADO ESPECIAL A HAMBURGO

Foi só no final da tarde de ontem que começaram a sair dos trens os primeiros grupos de camisas da Itália e da Ucrânia. Tímidos, os torcedores que as vestiam não traziam cornetas nem apitos, não tinham as faces nem os cabelos pintados. No máximo, balançavam lentamente uma bandeira.
Sem nenhum jogo ontem, quase não se viam pelas ruas de Hamburgo camisas de seleções.
Mas, no aparente desânimo, se escondia uma confiança exagerada -sobretudo para os que viam seu país numa Copa pela primeira vez.
"Estamos tão confiantes quanto vocês brasileiros. Você deveria perguntar aos italianos se eles acham que vão ganhar, não a nós", diz Oleg Azutov, que serviu de porta-voz de um grupo de dez ucranianos. "Hamburgo já nos deu sorte antes. Mais do que para eles."
Na cidade, a Ucrânia goleou a Arábia Saudita por 4 a 0. Ainda em Hamburgo, a Itália ganhou da República Tcheca por 2 a 0.
Os italianos, claro, discordam do otimismo dos adversários. Mas são mais contidos ao falar do jogo. "Acho que vamos ganhar, mas será um jogo difícil", afirma Lorenzo Fisichella.
Entre os moradores da cidade, a preferência é pela Ucrânia. Pois o vencedor do confronto pega a Alemanha, caso ela passe pela Argentina.
"Preferimos pegar um time sem tradição, mas vamos ganhar de qualquer um dos dois", diz Patrick Büchner.
Mas, entre a maior parte dos habitantes locais, há um certo desinteresse pelo Mundial.
Dois alemães que tinham ganhado ingressos tentavam vendê-los. Diziam que até iriam ao estádio se lá jogassem Brasil e França. Cambistas ingleses informavam que só conseguiam revender os ingressos por 120, quando obtiveram 700 na partida Brasil e Gana. (UM)


Texto Anterior: Memória: Há 40 anos, URSS atingiu as semifinais
Próximo Texto: Racismo: Capitães lerão manifesto
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.