São Paulo, quarta-feira, 30 de junho de 2010

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Gol de Villa classifica a Espanha

Ao marcar pela 4ª vez e garantir vaga para pegar Paraguai, atleta encerra série invicta de lusos

Espanha 1
Villa, aos 18min do 2º tempo
Portugal 0

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO CABO

No encontro do segundo colocado do ranking da Fifa com o terceiro, venceu o melhor. A Espanha fez 1 a 0 em Portugal no confronto ibérico das oitavas de final da Copa e pegará agora o Paraguai.
David Villa, de novo, salvou a Fúria, que não fez grande jogo, mas foi fiel ao seu estilo cadenciado, de toque de bola. O gol aos 18min do segundo tempo vazou, enfim, o português Eduardo, que teve ontem outro dia inspirado.
Nos primeiros sete minutos da partida, ele já havia feito três defesas, duas em chutes de Villa e uma em arremate de Fernando Torres, que voltou a decepcionar.
Portugal teve suas chances no primeiro tempo, quando equilibrou e foi até superior em certos momentos.
Casillas, por exemplo, teve que fazer duas boas intervenções, uma em chute de falta de Cristiano Ronaldo, outra em chute de Tiago que Hugo Almeida quase marcou de cabeça no rebote do goleiro.
Tiago, que jogou no lugar de Deco mais uma vez, também teve sua chance de cabeça no fim da etapa inicial.
No segundo tempo, a Espanha subiu de produção, especialmente após a saída de Fernando Torres. Llorente entrou muito mais disposto e ajudou Villa a brilhar, disputando também no corpo com os zagueiros portugueses.
O técnico lusitano Carlos Queiroz colocou o zagueiro Pepe como um volante à frente dos beques Ricardo Carvalho e Bruno Alves, para tentar minar as jogadas criadas por Xavi e Iniesta.
Porém, bastou uma trama dos dois craques do Barcelona para o zero sair do placar no estádio Green Point.
Iniesta achou Xavi já dentro da área, e ele tocou de letra para Villa, em posição de impedimento, fuzilar duas vezes. Na primeira, Eduardo, então o único goleiro invicto na Copa, conseguiu evitar o gol, mas, na segunda, a bola tocou no travessão e entrou.
Villa, que fez seu quarto gol e se juntou aos principais artilheiros da Copa, jogava aberto pela esquerda e continuou infernizando a defesa lusa. Com um chute de longa distância, ele quase fez 2 a 0.
Queiroz colocou Liedson, Danny e Pedro Mendes e tentou na base da pressão, mas Casillas mais assistiu ao jogo na segunda etapa do que qualquer outra coisa.
No final, o português Ricardo Costa atingiu Capdevilla sem bola e foi expulso.
Portugal viu, então, o fim da série invicta de 18 jogos (12 vitórias e seis empates) e se entregou. E alguns aplausos tímidos para o toque de bola do time espanhol surgiram.
A Espanha prossegue atrás da taça inédita. Se passar pelo Paraguai nas quartas de final, já igualará sua melhor campanha em Copas do Mundo: a quarta colocação em 1950, no Brasil.


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