|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
HIPISMO
Falha na sexta impede Pessoa de obter o ouro
Nos saltos, país segue sem título individual no Pan
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
Pedro Veniss chegou ao último dia perto do ouro individual
de saltos. Começou na liderança, mas falhou nos dois percursos. Acabou em quinto lugar.
Rodrigo Pessoa abriu a disputa em quarto lugar. Mas uma
falta cometida na sexta-feira,
quando o Brasil já tinha garantido o ouro por equipes, atrapalhou o campeão olímpico. Ele
terminou com a prata.
Bernardo Alves, sétimo antes
da final de ontem, voltou a derrubar um obstáculo e se afastou
do pódio, ficando em sexto.
Cotados para dominar o pódio, os "europeus" cometeram
erros que custaram a predominância no hipismo dos Jogos.
Pessoa, Veniss e Alves perderam 24 pontos nos três dias de
provas, seis falhas no total.
A canadense Jill Henselwood
levou o ouro, com quatro pontos perdidos. Pessoa, em segundo, somou 5,74. Eric Lamaze,
também do Canadá, faturou o
bronze, com 6,43.
O campeão olímpico reconheceu que o erro na sexta-feira foi crucial. "Fui baixo demais
no [obstáculo] triplo, e essa falta acabou custando o primeiro
lugar, mas é assim mesmo."
Na sexta, Pessoa foi o último
brasileiro a entrar na pista. O
ouro por equipes estava garantido. Antes, César Almeida -o
nono, ontem, no individual-
tinha zerado o percurso, assegurando a vitória brasileira. O
desempenho de Pessoa não valeria para o time.
Com a prata de Pessoa, o Brasil mantém a sina de jamais ter
vencido a disputa individual de
saltos no Pan. "Acho que faltou
um pouco de experiência. O
Pan foi a minha primeira grande competição internacional",
admitiu Veniss.
Pessoa chegou ao último percurso em terceiro, atrás de
Henselwood e de outro canadense, Ian Millar. O brasileiro
zerou. Millar derrubou um obstáculo e ainda perdeu 1 ponto
por estourar o tempo limite.
Em segundo, o brasileiro torcia pela falha de Henselwood,
mas a canadense não errou.
"Saio satisfeito porque meu
cavalo [Rufus] é novo, tem nove
anos. Estou montando desde
janeiro, e ele está progredindo
rápido", disse Pessoa, que competiu no Rio sem dois amuletos: Baloubet du Rouet, montaria com a qual foi tricampeão
mundial, e o "dólar da sorte".
Texto Anterior: Régis Andaku: "Nosso ouro" faz pouco sentido Próximo Texto: Desafio: Prova em SP reúne os tops Índice
|