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Time mais inexperiente desde 90 tenta refazer trajeto de Ana Moser e
cia.
Brasil busca volta ao passado no Mundial
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O vôlei feminino do Brasil tenta
voltar ao passado no Mundial da
Alemanha e refazer, a partir de
sua estréia hoje, o caminho traçado há mais de dez anos pela geração de Fernanda Venturini, Marcia Fu, Ana Moser e cia.
Esta é a primeira vez desde que
o Brasil passou a integrar a elite
do esporte que a equipe passa por
uma renovação drástica em um
dos dois principais torneios do
mundo -Olimpíada e Mundial.
Onze das 12 jogadoras do time
de Marco Aurélio Motta nunca
estiveram em um Mundial adulto
-a média da seleção é 23,9 anos.
Quatro (Marina Daloca, Soninha, Fabi e Arlene) não estiveram
nem sequer em torneios deste nível nas categorias de base.
Outras três atacantes saltaram
da equipe juvenil para a adulta em
menos de um ano. Sassá, Sheila e
Paula Pequeno venceram o Mundial da categoria na República
Dominicana, no ano passado.
Salto semelhante haviam dado
as jogadoras que formaram o grupo mais vencedor do vôlei nacional. Em 1987 e 1989, a geração de
Ana Moser, Marcia Fu, Fernanda
Venturini e cia. conquistou o bicampeonato mundial juvenil.
Em 1990, a equipe adulta brasileira formada por essa base subiu
ao pódio pela primeira vez em um
torneio intercontinental -Jogos
da Amizade, em Seattle.
No Mundial do mesmo ano, nove das ex-juvenis foram à China
-a média de idade era 22 anos.
O time que estréia hoje na Alemanha e busca afirmar sua nova
formação, vive, neste Mundial, situação oposta à do que vestiu a
camisa brasileira de 90 até o campeonato no Japão, há quatro anos.
Levando na bagagem a conquista da medalha de bronze em
Atlanta-1996 e os títulos dos
Grand Prix de 1996 e 1998, a equipe mais experiente em Mundiais
desde 1990 -tinha média de idade de 26,6 anos- chegou como
uma das favoritas ao título.
No Mundial anterior, no Brasil-94, ficara em segundo, o melhor
resultado do país na história.
Mas, mesmo com experiência e
favoritismo, o time decepcionou.
O quarto lugar marcou o fim de
uma geração com a aposentadoria de Fernanda Venturini e o último Mundial de Ana Moser.
A renovação que fez essas jogadoras serem alçadas ao time principal, no entanto, foi diferente da
feita na equipe deste ano. Motta
optou por fazê-la após a debandada de cinco titulares -Érika, Fofão, Walewska e Raquel saíram
por divergências com o técnico,
Virna, por problemas pessoais.
Única remanescente do bronze
em Sydney-2000, a meio Karin,
30, sabe das limitações do time
atual. "Falta nível internacional e
qualidade técnica. Terminar entre
as cinco ou seis melhores não seria nada mal", afirmou Karin.
No entanto, as atletas crêem que
podem repetir o bom desempenho no GP -o time ficou em
quarto. "O primeiro objetivo é a
classificação, o segundo, uma medalha. Acho que temos condição
de fazer isso", disse Sassá.
Colaborou Marcelo Sakate, da
Reportagem Local
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