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Nova geografia acirra busca do bronze
DA REPORTAGEM LOCAL
"A final dificilmente deixará de
ser entre Rússia e China. Depois,
qualquer um pode surpreender."
A declaração do técnico do Brasil, Marco Aurélio Motta, demonstra o que deve ser a disputa
mais equilibrada pela medalha de
bronze das últimas quatro edições do Mundial, período em que
o Brasil se firmou como uma das
principais seleções do mundo.
Um degrau abaixo de russas e
chinesas, o campeonato da Alemanha vê uma série de países nivelados. Itália, Alemanha, EUA,
Holanda e até mesmo o Brasil têm
chances de subir ao pódio.
As italianas foram vice-campeãs
européias e, com essa equipe,
classificaram o país pela primeira
vez para uma Olimpíada, em
Sydney, há dois anos.
Os EUA, primeiro colocado do
Grand Prix-2001, caíram de rendimento neste ano. Alemanha,
bronze no GP-2002, e Holanda
também estão crescendo.
As brasileiras, por sua vez, apesar da renovação forçada ficaram
em quarto no Grand Prix e derrotaram americanas e italianas em
amistosos na semana passada.
Com a decadência do vôlei peruano no fim dos anos 80, a década de 90 assistiu à hegemonia de
Rússia, China, Cuba e Brasil, que
se revezaram no pódio das principais competições internacionais
-Olimpíada, Mundial e GP. Em
Barcelona-92, as russas competiram como CEI. Um degrau abaixo, estavam os EUA.
Com a renovação da equipe cubana, atual bicampeã mundial e
tri olímpica, após os Jogos de
Sydney, Rússia e China mudaram
a geografia do vôlei feminino.
Os dois times fizeram mudanças em suas equipes, mas conseguiram manter a regularidade
não alcançada por outros times
nos últimos dois anos.
As cubanas chegaram ao ouro
em Sydney com uma equipe que
contava com sete jogadoras que
estiveram nas três campanhas:
Mireya Luiz, Marlenis Costa, Izquierdo, Regla Torres, Regla Bell,
Ana Fernandez e Idalmis Gato.
Com a aposentadoria de suas
principais atletas, Cuba foi obrigada a renovar a seleção. A mudança, até agora, não deu resultados. O time foi sétimo no Grand
Prix deste ano -ficou à frente
apenas da fraca Tailândia.
O principal problema das cubanas é com as levantadoras. A equipe joga em um esquema diferente
do da maioria das seleções com
duas atletas em quadra executando a função. Mas Lianna Mesa e
Anniara Muñoz ainda não conseguiram substituir à altura Marlenis Costa e Taimaris Aguero.
Para o Mundial da Alemanha, a
seleção cubana terá o reforço de
Regla Torres, eleita a melhor jogadora do século pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei). No
entanto, a jogadora, que ainda está recuperando sua forma física,
não foi confirmada como titular.
As chinesas, duas vezes campeãs mundiais, continuam figurando entre as favoritas mesmo
depois de iniciarem uma renovação após o decepcionante quinto
lugar em Sydney-2000.
A média de idade da equipe para este Mundial -levando-se em
conta as 18 jogadoras inscritas-
é de 22,6 anos. A atual seleção brasileira tem média de 23,9 anos.
O projeto da China é montar
um "time de ouro" para os Jogos
que organizará em Pequim, em
2008, mas já colhe frutos com suas
novas jogadoras. As chinesas foram vice-campeãs das duas últimas edições do Grand Prix.
A Rússia, cinco vezes campeã
mundial e primeira colocada no
Grand Prix deste ano, mantém
um elenco forte desde a conquista
da medalha de prata em Sydney.
O time conta com a volta da levantadora Tatiana Gratcheva,
uma das musas do vôlei.
(ML)
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