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FUTEBOL
Enquanto equipe atual marcou apenas cinco gols no Brasileiro-02, jogadores dispensados pelo clube acumulam 23
Em crise, Palmeiras vê brilho de renegados
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras vai muito mal no
Brasileiro-2002 -está na 22ª colocação, perto da zona de rebaixamento. Já para uma legião de jogadores desprezados pelo clube, a
situação é bem diferente.
Doze jogadores que passaram
pelo time do Parque Antarctica
nos últimos anos, número que representa praticamente metade do
atual elenco palmeirense, marcaram, sem contar os jogos que seriam realizados ontem à noite,
13% de todos os gols do Nacional.
Contra os 23 gols anotados por
jogadores que na maioria dos casos dispensou, o Palmeiras balançou as redes apenas cinco vezes na
competição até o momento.
O bom momento dos ex-palmeirenses teve seu ápice na última quarta-feira. Dos 16 gols da
jornada, cinco, ou 31% do total,
foram feitos por atletas que defenderam o time paulista.
O sucesso na artilharia dos renegados atinge praticamente todas as posições, incluindo as mais
carentes hoje no time dirigido pelo técnico Murtosa.
Enquanto improvisa Diego na
lateral esquerda, o Palmeiras vê
Leo liderar o jovem time do Santos -já marcou duas vezes no
Campeonato Brasileiro.
Quando contratado pela agremiação do Parque Antarctica, em
1999, Leo foi dispensado por Luiz
Felipe Scolari, que nunca aprovou
sua incorporação ao time.
Na outra lateral, Neném, outro
ignorado pelo Palmeiras, passa
por um bom momento -já fez
dois gols no Nacional pelo Goiás.
Mas é em relação aos seus ex-volantes que o Palmeiras mais
tem a lamentar. Enquanto Paulo
Assunção, Fabiano Eller e Célio
decepcionam no Nacional, jogadores recentemente dispensados
pelo clube paulista ajudam na
marcação e ainda fazem gols.
O artilheiro do São Caetano,
com três gols, é Claudecir, dispensado por Wanderley Luxemburgo, que também desprezou Galeano, autor de dois gols pelo Botafogo-RJ neste Brasileiro, a mesma
marca de Arce, o maior goleador
palmeirense na competição.
No ataque, antigos e recentes jogadores que passaram pelo Palmeiras têm números expressivos.
Aos 32 anos, Maurílio, um dos
primeiros símbolos do início da
era Parmalat, já marcou quatro
gols pelo Paraná.
No Cruzeiro, Fábio Júnior, atacante do Palmeiras no ano passado, já balançou as redes três vezes.
Na última quarta-feira, foi a vez
de Paulo Nunes aparecer com
destaque -marcou o gol da vitória do Gama sobre o Flamengo.
Enquanto antigos colaboradores brilham nos adversários, as
contratações palmeirenses para o
Brasileiro-2002 decepcionam.
Contratado como a grande revelação para a lateral direita no
país, Leonardo está na reserva. Zinho está machucado. No ataque,
Dodô e Nenê só marcaram, juntos, dois gols até agora em jogos
válidos pelo Nacional-2002.
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