São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 2002

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FUTEBOL

Enquanto equipe atual marcou apenas cinco gols no Brasileiro-02, jogadores dispensados pelo clube acumulam 23

Em crise, Palmeiras vê brilho de renegados

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras vai muito mal no Brasileiro-2002 -está na 22ª colocação, perto da zona de rebaixamento. Já para uma legião de jogadores desprezados pelo clube, a situação é bem diferente.
Doze jogadores que passaram pelo time do Parque Antarctica nos últimos anos, número que representa praticamente metade do atual elenco palmeirense, marcaram, sem contar os jogos que seriam realizados ontem à noite, 13% de todos os gols do Nacional.
Contra os 23 gols anotados por jogadores que na maioria dos casos dispensou, o Palmeiras balançou as redes apenas cinco vezes na competição até o momento.
O bom momento dos ex-palmeirenses teve seu ápice na última quarta-feira. Dos 16 gols da jornada, cinco, ou 31% do total, foram feitos por atletas que defenderam o time paulista.
O sucesso na artilharia dos renegados atinge praticamente todas as posições, incluindo as mais carentes hoje no time dirigido pelo técnico Murtosa.
Enquanto improvisa Diego na lateral esquerda, o Palmeiras vê Leo liderar o jovem time do Santos -já marcou duas vezes no Campeonato Brasileiro.
Quando contratado pela agremiação do Parque Antarctica, em 1999, Leo foi dispensado por Luiz Felipe Scolari, que nunca aprovou sua incorporação ao time.
Na outra lateral, Neném, outro ignorado pelo Palmeiras, passa por um bom momento -já fez dois gols no Nacional pelo Goiás.
Mas é em relação aos seus ex-volantes que o Palmeiras mais tem a lamentar. Enquanto Paulo Assunção, Fabiano Eller e Célio decepcionam no Nacional, jogadores recentemente dispensados pelo clube paulista ajudam na marcação e ainda fazem gols.
O artilheiro do São Caetano, com três gols, é Claudecir, dispensado por Wanderley Luxemburgo, que também desprezou Galeano, autor de dois gols pelo Botafogo-RJ neste Brasileiro, a mesma marca de Arce, o maior goleador palmeirense na competição.
No ataque, antigos e recentes jogadores que passaram pelo Palmeiras têm números expressivos.
Aos 32 anos, Maurílio, um dos primeiros símbolos do início da era Parmalat, já marcou quatro gols pelo Paraná.
No Cruzeiro, Fábio Júnior, atacante do Palmeiras no ano passado, já balançou as redes três vezes. Na última quarta-feira, foi a vez de Paulo Nunes aparecer com destaque -marcou o gol da vitória do Gama sobre o Flamengo.
Enquanto antigos colaboradores brilham nos adversários, as contratações palmeirenses para o Brasileiro-2002 decepcionam.
Contratado como a grande revelação para a lateral direita no país, Leonardo está na reserva. Zinho está machucado. No ataque, Dodô e Nenê só marcaram, juntos, dois gols até agora em jogos válidos pelo Nacional-2002.


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