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Por lealdade, Milton Cruz e Tata seguem rotas distintas
DA REPORTAGEM LOCAL
Milton Cruz está para o São
Paulo como Tata está para Muricy Ramalho. Um abraçou o
clube. O outro, o treinador.
Milton Cruz trabalha há 15
anos como auxiliar técnico do
São Paulo, não importa quem
seja o técnico. Tata, há um mês
no Palmeiras, segue Muricy Ramalho aonde ele for.
O são-paulino começou com
Telê Santana, em 1994. Desde
então, só deixou o clube por alguns meses, em 2003, quando
trabalhou no mundo árabe. Hoje, exerce funções que vão além
de um mero auxiliar técnico.
Milton Cruz é olheiro oficial
no São Paulo. Observa talentos
da base e jogadores no exterior,
graças a uma rede de contatos
com técnicos de todo o mundo.
Foi assim que descobriu nomes como Kaká, Luis Fabiano e
Hernanes. E repatriou encostados no exterior, como Miranda.
Segundo ele, a diretriz da diretoria é trazer jogadores de
baixo custo. "O São Paulo não
faz loucura para ter jogador."
Reconhecido como olheiro,
recebe consultas das seleções
brasileiras de base, de Jorginho, auxiliar de Dunga, e até de
diretorias de clubes rivais.
"O Ricardo Gomes até me
chama de manager", diz Milton
Cruz, que trabalha pela primeira vez com o atual técnico.
"Mas parece que ele está há
anos aqui. É um cara muito
aberto ao diálogo", elogia.
Essa definição é exatamente
a mesma que Tata, ou Mario
Felipe Perez, como pouca gente
o conhece, dá sobre Muricy.
Colegas de infância, dos tempos em que disputavam peladas
entre os garotos do Morumbi e
os da Vila Sônia, os dois seguiram carreiras paralelas como
jogadores profissionais.
O reencontro se deu em 1999,
na Portuguesa Santista. Curiosamente, ao lado de um terceiro elemento que viria a se juntar aos dois no Palmeiras.
"Um cara rico da cidade que
comprou o time contratou o
Muricy para ser técnico, eu fiquei como diretor, e o Jorginho, como jogador", diz Tata.
O ex-ponta e ex-meia Jorginho foi integrado à comissão
técnica do treinador após ter
dirigido o time interinamente
neste Nacional. Juntos, Tata e
Muricy foram campeões no
Náutico, no Inter e no São Paulo. "O principal é a lealdade que
ele tem comigo. E o conhecimento", diz o técnico.
(CA E RC)
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