DA REPORTAGEM LOCAL

Distante do pódio, a delegação brasileira tem só mais três chances para evitar sair de mãos vazias do Mundial de judô de Roterdã, na Holanda.
Na madrugada de hoje, estreariam Luciano Corrêa, na categoria até 100 kg, Daniel Hernandes, na mais de 100 kg, e Rochelle Nunes, na mais de 78 kg. "Pelo sorteio das chaves, o Daniel tem boas chances. Já o Luciano mostrou sempre muita garra e determinação e está com uma condição física exuberante", afirmou Ney Wilson, coordenador técnico do Brasil.
No currículo, Luciano conta com a medalha de ouro no Mundial de 2007, no Rio, e com a de bronze no de 2005, no Cairo. Hernandes tem o ouro no Grand Slam do Rio, neste ano.
A equipe brasileira teve dez judocas eliminados nos quatro dias de torneio. Os melhores resultados foram os quinto lugares de Sarah Menezes, da categoria até 48 kg, e de Rafaela Silva, da até 57 kg.
O desempenho do país pode ser um dos piores na história recente do judô nacional.
Nas últimas oito edições do Mundial, apenas uma vez, em Munique, na Alemanha, em 2001, os brasileiros ficaram sem conquistar medalha.
Ontem, uma das principais esperanças da confederação brasileira foi eliminada logo no primeiro combate. Em apenas um minuto e 58 segundos, Tiago Camilo perdeu por ippon do sul-coreano Lee Kyu-won, que depois conquistou o ouro.
A competição marcou a estreia do medalhista de bronze em Pequim-2008 na categoria dos médios (até 90 kg) em Mundiais. "Ainda estou em fase de adaptação e posso melhorar. Mas é difícil deixar o Mundial desta maneira", disse Camilo.
Maria Portela também foi eliminada ontem. A judoca conseguiu vencer a primeira luta, contra a norte-coreana Jong Hui-hyon. Na sequência, perdeu da eslovena Rasa Sraka, por um waza-ari e um yuko.