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Ritmo do jogo evoca homens do passado
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais espaço, menos faltas e
muitas chances criadas. A seleção brasileira feminina que encanta no Mundial da China joga
de uma forma como os grandes
times nacionais masculinos do
passado, como o de 1970.
E isso muito por um ritmo
mais lento, sem a mesma "pegada". Os jogos do time de Marta na China registram pouco
mais de 20 faltas por partida,
quase 50% menos do que os
confrontos da seleção masculina nos últimos anos.
A bola fica mais tempo em jogo também com as mulheres.
No jogo contra a Austrália, por
exemplo, segundo dados da Fifa, a bola rolou por impressionantes 76 minutos -nos confrontos entre homens, raramente a marca de 60 minutos é
ultrapassada.
A marcação demora mais para chegar no jogo feminino, como nas apresentações de 1970,
quando Gérson e Rivellino tinham um bom tempo para executar seus lançamentos.
Isso facilita a construção de
jogadas ofensivas, tanto que
Marta e companhia têm no
Mundial chinês uma média de
mais de 20 finalizações por partida. Como comparação, no
atual Campeonato Brasileiro os
melhores times nesse fundamento executam 15 finalizações por jogo.
A média de gols da seleção
masculina tricampeã mundial
no México é próxima da registrada pelas mulheres agora
-3,17 no primeiro caso e 3,4 no
segundo.(PC)
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