São Paulo, domingo, 30 de setembro de 2007

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Corinthians perde 4ª partida seguida

Na estréia do técnico Nelsinho, equipe cai diante do Sport e, a dez rodadas do fim do Brasileiro, segue na zona da degola

Corinthians 1
Sport 2

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Nelsinho Baptista prometeu um Corinthians organizado e eficiente em sua estréia contra o Sport. O que se viu no Pacaembu ontem, no entanto, foi o time que ganhou só oito vezes em 28 partidas no Brasileiro. A equipe que, a cada rodada, fica mais ameaçada pelo rebaixamento no torneio, perdeu sua quarta partida seguida.
Em sua despedida do Pacaembu, que ficará fechado para reformas, os corintianos deixaram seus torcedores ainda mais aflitos. Com dez rodadas para o fim da competição, o clube do Parque São Jorge segue entre os quatro piores do Nacional após perderem por 2 a 1 para os pernambucanos.
Foi a 11ª derrota da equipe, que estacionou nos 33 pontos na 17ª posição -a última vitória foi em 5 de setembro, contra o América-RN por 1 a 0.
No final, sobrou para os jogadores, acusados pela diretoria de estarem fazendo corpo mole. Após o segundo gol do Sport, os torcedores iniciaram os protestos. Os gritos de "Ô, ô, ô, queremos jogador", "não é mole não tem que ser homem para jogar no coringão" e "que saudade quando o Corinthians jogava com vontade" ecoaram pelo Pacaembu.
Só o goleiro Felipe foi poupado. "Vai ser assim até o final do campeonato. Tem que ter calma para melhorar", disse Vampeta. "Eu agradeço a torcida, mas não adianta gritar e o time continuar a perder. Mais uma vez os decepcionamos. Mas a torcida não pode nos abandonar", disse Felipe.
O Corinthians tinha a bola por mais tempo nos pés, mas o Sport, na base dos contragolpes, era mais objetivo. O time alvinegro tinha dificuldade para romper o forte bloqueio defensivo dos pernambucanos.
O homem responsável pela armação das jogadas, Héverton, não conseguia organizar as ações ofensivas. Como resultado disso, a equipe paulista só conseguia ameaçar nos cruzamentos para Finazzi ou em arremates de longa distância.
A pontaria, entretanto, era das piores. Felipe, por outro lado, salvou o Corinthians em duas oportunidades.
O Corinthians começou a melhorar quando o ala Everton Ribeiro passou a atuar mais pelo meio-campo. Dos pés dele, saíram as duas melhores chances corintianas.
Mas justamente quando o time paulista parecia que ia engrenar foi traído pela sorte, ou melhor, pela falta dela.
Em falta pela direita, Luisinho Neto levantou na área, a bola foi desviada.
"A bola não tocou em mim, passou direto", disse Iran, no intervalo, sobre o gol, apesar do árbitro Leonardo Gaciba ter anotado tento contra dele.
O gol enervou o time, que não conseguiu mais esboçar reação. A apatia corintiana fez o técnico Nelsinho mudar o time no intervalo. As peças mudaram, mas a tensão da equipe não diminuiu. O futebol, não apareceu. Os corintianos, à essa altura, tentavam o empate de forma desesperada, na correria.
A cada lance errado, a torcida se manifestava com raiva nas arquibancadas. Nelsinho fez outra tentativa. Tirou Everton Santos e colocou Arce -sem grande efeito sobre o time.
O sofrimento corintiano ganhou contornos maiores quando Romerito invadiu a área sozinho e tocou na saída de Felipe para ampliar, aos 18min. Nem os pedidos de "raça" da torcida surtiam efeito.
Enquanto a torcida cobrava o time, Betão, de cabeça, descontou. Correu para as arquibancadas mostrando o símbolo do clube. A reação parou aí.

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