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Fifa impõe rede e alija time menor
Negociação internacional de atleta será só na internet a partir de sexta
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
A partir desta sexta-feira,
todas as transferências internacionais de jogadores terão
de ser feitas pela internet por
meio de sistema da Fifa. Foi o
que anunciou ontem uma comunicado da federação.
A regra aumenta a transparência e o controle sobre as
operações. O objetivo é combater a lavagem de dinheiro
no futebol -havia até transações de jogadores fictícios
para esse fim- e reduzir negociações que envolvam
atletas menores de idade.
O problema é que boa parte dos clubes pequenos brasileiros ainda não está adaptada ao novo sistema, de acordo com agentes de futebol. O
mesmo ocorre em confederações mais pobres.
Criado pela Fifa, o TMS
(Transfer Matching System) é
testado desde fevereiro de
2008. A entidade fez seminários pelo mundo para explicar aos clubes como usá-lo.
Deu certo para a elite. Todos os clubes da Série A já fazem suas transferências internacionais pela internet.
"Não é novidade para ninguém. Mas alguns clubes pequenos têm dificuldade",
contou o advogado Marcos
Motta, especialista em transferências internacionais.
"Eu já tive que mandar documento referente a uma negócio para um açougue perto
do clube", contou ele, para
exemplificar a falta de estrutura das equipes pequenas.
Para participar do TMS, é
preciso um computador e um
funcionário que leia em inglês e saiba navegar na internet. A partir daí, pede-se um
cadastro à Fifa que dá direito
a uma senha para operações.
"Não é difícil aprender.
Mas exige esse mínimo de estrutura", explicou o advogado do Corinthians Luis Felipe
Santoro, que assistiu à palestra da Fifa sobre o tema.
A entidade anunciou que
3.633 clubes aderiram ao sistema, o que significa que há
muitos fora dele. Só no Brasil
há 783 times profissionais.
Segundo o cadastro de clubes da CBF, 430 desses times
estão em cidades com menos
de 100 mil habitantes.
A confederação já informatizou o registro de atletas
no país, conectado às federações. Mas os clubes podem
usar os computadores dessas
para inscrever seus atletas.
No TMS, a CBF só aprova a
operação. A confederação
ainda faz transações internacionais por fax pelo atraso de
outras associações.
Não há levantamento de
quantas equipes brasileiras
já estão no TMS. A CBF não
quis falar sobre o assunto.
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