São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CBF ganha acervo para museu

Arquivo Nacional e outros órgãos doarão coleções à entidade que comanda o futebol no país

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) vai contar com o maior centro de preservação documental da América Latina para reforçar o acervo do seu museu.
A confederação fechou parceria com o Arquivo Nacional. O prédio deverá ser inaugurado antes da Copa das Confederações, em 2013.
Pelo acordo assinado, as duas entidades vão disponibilizar os seus acervos. A negociação não envolve troca de dinheiro, segundo a assessoria de imprensa do órgão governamental.
O acervo tem mais de 2 milhões de documentos históricos. Funcionários da CBF já trabalham no antigo prédio da Casa da Moeda, que abriga os arquivos da instituição federal desde 2002.
O principal alvo da entidade atualmente é o material produzido pelo jornal carioca "Correio da Manhã", criado em 1901 e que foi um dos mais influentes do país.
Escritores como Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos trabalharam na redação do periódico, fechado em 1974.
Milhares de fotos da seleção brasileira produzidas pelo "Correio da Manhã" estão guardadas no prédio do Arquivo Nacional.
Realizada no Brasil, a Copa do Mundo de 1950, por exemplo, foi toda documentada pelo periódico.
Fotos preciosas, como a do goleiro Barbosa chutando a bola depois de sofrer o segundo gol uruguaio e outra dos jogadores da seleção se divertindo num churrasco durante o Mundial, estão lá.
A proximidade dos políticos com a seleção também pode ser observada no vasto material colocado à disposição da confederação.
Parte dos documentos exibe fotos dos ex-presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Emílio Garrastazu Médici junto aos atletas ou comemorando títulos obtidos pela seleção.
O centenário prédio no centro do Rio, tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), guarda também o acervo iconográfico da Agência Nacional, que funcionou entre 1937 e 1979.
Além de fotos e textos, a CBF poderá contar com imagens da extinta TV Tupi e com um acervo sonoro valioso, composto por mais de 11 mil registros, entre discos e fitas, referentes ao período de 1902 a 1990.
Os destaques são os arquivos da Agência Nacional, da Presidência da República, das rádios Mayrink Veiga e Jornal do Brasil. O extinto Museu do Maracanã também doou seu acervo à CBF.


Texto Anterior: Ressurgido, Íbis não ganha uma em Pernambuco
Próximo Texto: Confederação negocia artigos com ex-jogadores da seleção
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.