PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras põe hoje à prova seu senso de oportunidade. Contra o Atlético-MG, às 16h, no Mineirão, tenta se manter invicto contra times que freqüentam a zona do rebaixamento.
A equipe paulista fará seu sexto jogo neste Brasileiro contra um time que, na ocasião do confronto, está na zona do rebaixamento (em um dos quatro últimos lugares da tabela de classificação). Nos cinco duelos anteriores, saiu sempre com pelo menos um ponto a mais nas mãos.
O Palmeiras já enfrentou quando estavam na rabeira Flamengo, Figueirense (duas vezes), Paysandu e o próprio Atlético-MG. Obteve três vitórias e dois empates contra quem estava mal das pernas no momento do encontro.
O primeiro desesperado que o Palmeiras encontrou pela frente foi o Figueirense. Na 13ª rodada, época do encontro entre eles, o time catarinense era o lanterna e não resistiu ao adversário na estréia de Leão: 4 a 1 Palmeiras.
Na quarta-feira passada os catarinenses, mais uma vez na zona de rebaixamento -mas agora como o 19º time na tablea-, ficaram no 2 a 2, desta vez um resultado mais vantajoso para eles do que para os palmeirenses.
Diante do Flamengo, que estava em 19º lugar na 15ª rodada, o time de Leão ficou no 0 a 0 fora de casa.
Em duelo mais recente, na 29ª jornada, contra o Paysandu (21º lugar à época), o time de Leão conseguiu uma vitória por 5 a 3, dentro do Parque Antarctica.
No jogo do primeiro turno contra rival de hoje o Palmeiras venceu por 1 a 0. Naquela 14ª rodada, o Atlético já sofria havia oito jogos sob a angústia de estar entre os últimos -o time mineiro, aliás, é o clube que mais rodadas passou na zona do rebaixamento no Nacional deste ano: 21.
Para os paulistas, a confirmação de sua invencibilidade diante de desesperados de momento -ou permanentes- é a continuação do sonho de pleitear vaga na Libertadores do ano que vem.
Vindo de três incômodos empates e na quinta colocação, com 55 pontos (igual ao Santos, o sexto colocado, e com quatro a menos que o Fluminense, o quarto na tabela), para o Palmeiras uma derrota em Belo Horizonte praticamente o alija de lutar pelo "objetivo que restou", como já definiu Leão há duas semanas.
"Se não ganhar do Atlético fica muito difícil ir para a Libertadores", declarou o volante Marcinho Guerreiro, que hoje volta ao time após cumprir suspensão.
Ficar fora da Libertadores seria uma tragédia para o Palmeiras, uma vez que os dirigentes têm planejado reforçar a equipe com jogadores considerados "de peso" -Dagoberto, Elano e Léo fazem parte dos planos- para 2006, visando principalmente o título do torneio internacional.
Enquanto isso o Atlético-MG se contenta em fugir pelo segundo ano seguido do rebaixamento.
Para isso, conta com a estréia do técnico Lori Sandri, 56, que dirigiu o Paraná no primeiro turno do Brasileiro. Ele substitui Marco Aurélio, que pediu demissão após a derrota em casa por 3 a 2 para o Fortaleza na última rodada.
O clube, que segura a lanterna da competição, baixou o preço dos ingressos para R$ 2 na maioria dos setores do Mineirão.