|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pilares do time buscam redenção
DA REPORTAGEM LOCAL
"Trocaria todas as minhas
medalhas pelo ouro no Mundial." A frase da experiente
atacante Fofão evidencia a
importância que a seleção
tem dado ao Mundial.
A conquista é importante.
Mas para um seleto grupo de
jogadoras, esse sentimento é
ainda mais agudo.
Elas são hoje a nata do vôlei brasileiro e algumas das
principais atletas do mundo.
Mas, por percalços e tropeços em suas carreiras, só conseguiram agora atuar na
mesma equipe. E, juntas,
buscam a redenção.
Paula Pequeno e Jaqueline
surgiram na conquista do
Mundial juvenil de 2001.
Cotada como "a nova Ana
Moser", Jaqueline, 22, logo
ganhou vaga na seleção. Mas
nunca pôde aproveitar de fato o novo status.
Uma lesão na mão a impediu de ir ao Mundial de 2002.
Dois anos depois, foi o joelho
que a tirou de Atenas. "Eu estou extremamente feliz por
estar aqui", diz a ponta.
Paula Pequeno, 24, competiu em 2002 em meio à crise da seleção -cinco titulares debandaram alegando
problemas de relacionamento com o treinador. Mas logo
em seguida teve de deixar o
time. Uma lesão no joelho fechou a porta da Olimpíada.
Neste ano, por pouco ela
não perdeu a chance por causa da gravidez de Mel, 4 meses. "O Mundial é a competição mais importante da minha carreira. E hoje, mais
madura e vindo de uma gravidez, vivo um momento de
pura motivação", afirma.
Para Mari, 23, os Jogos de
Atenas foram a primeira e
grande chance. Ela nunca
havia passado por uma seleção de base quando foi convocada por Zé Roberto.
Foi o destaque do Brasil,
mas também deixou a Grécia
marcada. A atacante jogou
para fora a bola que deu a vitória à Rússia na semifinal.
Agora, após superar uma
lesão no ombro, volta a ser
uma das referências do time.
"Procuro não pensar muito nisso e observo o exemplo
da Fofão, que é uma pessoa
muito especial", diz.
A veterana levantadora
também carrega um desafio
pessoal. Há 10 anos na seleção, Fofão, 36, disputa seu
primeiro Mundial como titular. Em 1998, era reserva de
Fernanda Venturini. No torneio seguinte, engrossou o
boicote ao técnico Marco
Aurélio Motta.
Para quem anunciou a
aposentadoria logo após a
Olimpíada e foi convencida a
voltar, a evolução deste grupo é uma surpresa.
"Pensava que o processo
seria mais difícil. De repente,
estávamos ganhando das
principais equipes do mundo", afirma a levantadora.
"Nos treinos, cada uma
quer dar o melhor. E isso
passa para a quadra. A alegria
de jogar também é determinante. O astral do Brasil intimida as adversárias."0
(ML)
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Saiba mais: Entressafra faz torneio equilibrado Índice
|