São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2006

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Pilares do time buscam redenção

DA REPORTAGEM LOCAL

"Trocaria todas as minhas medalhas pelo ouro no Mundial." A frase da experiente atacante Fofão evidencia a importância que a seleção tem dado ao Mundial.
A conquista é importante. Mas para um seleto grupo de jogadoras, esse sentimento é ainda mais agudo.
Elas são hoje a nata do vôlei brasileiro e algumas das principais atletas do mundo. Mas, por percalços e tropeços em suas carreiras, só conseguiram agora atuar na mesma equipe. E, juntas, buscam a redenção.
Paula Pequeno e Jaqueline surgiram na conquista do Mundial juvenil de 2001.
Cotada como "a nova Ana Moser", Jaqueline, 22, logo ganhou vaga na seleção. Mas nunca pôde aproveitar de fato o novo status.
Uma lesão na mão a impediu de ir ao Mundial de 2002. Dois anos depois, foi o joelho que a tirou de Atenas. "Eu estou extremamente feliz por estar aqui", diz a ponta.
Paula Pequeno, 24, competiu em 2002 em meio à crise da seleção -cinco titulares debandaram alegando problemas de relacionamento com o treinador. Mas logo em seguida teve de deixar o time. Uma lesão no joelho fechou a porta da Olimpíada.
Neste ano, por pouco ela não perdeu a chance por causa da gravidez de Mel, 4 meses. "O Mundial é a competição mais importante da minha carreira. E hoje, mais madura e vindo de uma gravidez, vivo um momento de pura motivação", afirma.
Para Mari, 23, os Jogos de Atenas foram a primeira e grande chance. Ela nunca havia passado por uma seleção de base quando foi convocada por Zé Roberto.
Foi o destaque do Brasil, mas também deixou a Grécia marcada. A atacante jogou para fora a bola que deu a vitória à Rússia na semifinal.
Agora, após superar uma lesão no ombro, volta a ser uma das referências do time.
"Procuro não pensar muito nisso e observo o exemplo da Fofão, que é uma pessoa muito especial", diz.
A veterana levantadora também carrega um desafio pessoal. Há 10 anos na seleção, Fofão, 36, disputa seu primeiro Mundial como titular. Em 1998, era reserva de Fernanda Venturini. No torneio seguinte, engrossou o boicote ao técnico Marco Aurélio Motta.
Para quem anunciou a aposentadoria logo após a Olimpíada e foi convencida a voltar, a evolução deste grupo é uma surpresa.
"Pensava que o processo seria mais difícil. De repente, estávamos ganhando das principais equipes do mundo", afirma a levantadora.
"Nos treinos, cada uma quer dar o melhor. E isso passa para a quadra. A alegria de jogar também é determinante. O astral do Brasil intimida as adversárias."0 (ML)


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