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AM proporá evento livre de carbono
DO ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE
Surfando na onda do ambientalmente correto, que
acaba de dar um prêmio Nobel ao ex-vice-presidente
norte-americano Al Gore, o
governador do Amazonas,
Eduardo Braga (PMDB),
proporá hoje que a Copa de
2014 seja "carboneutra".
Palavrão fora do vocabulário futebolístico para designar o seguinte: quem gerar
emissões de gás carbônico
investe em um Fundo de
Mudanças Climáticas que financia "o seqüestro de carbono de modo a fazer com
que o evento seja neutro em
emissões", explica o governador do Amazonas.
O gás carbônico é apontado como um dos principais
responsáveis pelo aquecimento global.
Por exemplo, as empresas
aéreas que vão transportar
jogadores, torcedores e dirigentes, durante a Copa-2014,
compensariam o carbono
que geram investindo nesse
fundo, criado pelo governo
do Estado e que já levantou
uma verba de cerca de R$ 20
milhões, até julho.
O governador surfa também no sucesso popular que
é o Bolsa Família e fala em
uma "Bolsa Floresta". Trata-se do seguinte: o governo
amazonense tem 17 milhões
de hectares em "unidades de
conservação ambiental". As
famílias que nelas vivem recebem R$ 600 para que haja
desmatamento reduzido ou
zero nessas unidades.
Até o fim do ano, Eduardo
Braga espera que 2.000 famílias sejam atendidas pelo
programa. Os envolvidos
com o Mundial de 2014 poderiam contribuir.
O governador amazonense
foi escolhido por seus pares,
no domingo, para representá-los hoje, na cerimônia em
que será oficializada pela Fifa a indicação do Brasil para
organizar a Copa de 2014.
Será, portanto, o único a
falar, o que lhe oferece um
palco extraordinário para
defender suas propostas. Entre elas, está também uma
competição, paralela à Copa,
para demonstrar a viabilidade do desenvolvimento sustentável.
(CR)
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