São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011

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Neymar oferece e dá espetáculo

SÉRIE A Atacante marca quatro vezes em goleada e ganha homenagens da torcida e do time

Santos 4
Neymar, aos 2min do 1º tempo, e aos 9min, aos 11min, e aos 24min do 2º tempo
Atlético-PR 1
Guerrón, aos 6min do 2º tempo

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

O Santos já não tem mais nada o que fazer no Brasileiro. Ainda assim, 16.679 pessoas foram ao Pacaembu ontem e transformaram a vitória sobre o Atlético-PR, por 4 a 1, numa ode a Neymar.
Os gritos quando o nome do atacante surge no placar, além das dezenas de crianças que o cercam na entrada de campo, já são corriqueiros.
Ontem, porém, a idolatria foi ilustrada numa bandeira.
Presente da maior organizada do clube, com uma placa de agradecimento, a faixa com o rosto -e o cabelo moicano- de Neymar foi estendida ao lado das que ostentam Pelé, Pepe e Mengálvio.
Neymar retribuiu bem ao seu estilo: com dribles, gols e, também, polêmica.
Os dribles foram muitos. Gols, foram quatro: dois de pênalti, outro ao aproveitar um vacilo da zaga, e o último, mais uma das pinturas de Neymar, que deixou boa parte do time atleticano para trás antes de marcar. A polêmica, porém, impediu que essa contagem fosse ainda maior.
Aos 42min do primeiro tempo, o Santos vencia por 1 a 0 -Neymar sofreu e converteu pênalti aos 2min-, Danilo cruzou da direita. Alan Kardec, impedido, deixou a bola passar para o camisa 11. Ele ajeitou e mandou para o gol.
O bandeira correu para o meio-campo, o árbitro validou o lance. Mas aí Paulo Baier e Guerrón pressionaram o auxiliar. Ele, então, chamou o juiz, que anulou o tento. "O Alan Kardec participou da jogada", argumentou o capitão paranaense.
A situação gerou revolta no Pacaembu. Que aumentou logo no começo do segundo tempo, quando os visitantes empataram com Guerrón.
A igualdade durou pouco: Edu Dracena foi derrubado na área, Neymar bateu e marcou outra vez de pênalti. A estrela santista, que arrancou exclamações da torcida até quando evitou um lateral no campo de defesa, ampliou aos 11min e fechou a vitória aos 24min, num golaço.
"O Neymar é um fenômeno, não tem jeito", admitiu o adversário Paulo Baier.
"Eu amo jogar futebol. Dentro dessas quatro linhas eu me sinto uma criança", afirmou Neymar, que terminou o jogo como capitão -Edu Dracena prestou a homenagem ao ser substituído.
A goleada levou o Santos aos 45 pontos, objetivo traçado pelo técnico Muricy Ramalho, que ontem viu a partida de casa, ainda em recuperação de uma crise de hérnia.
A meta, que elimina o risco de queda, dará tranquilidade para focar o Mundial.


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