São Paulo, sábado, 30 de novembro de 2002

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FUTEBOL

Time prevê desgaste no Maracanã e tenta evitar o oba-oba contra o Flu

Corinthians, com medo do calor, quer "cozinhar o galo"

PAULO GALDIERI
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians já elegeu dois "inimigos" no jogo de amanhã contra o Fluminense: o calor e o franco favoritismo atribuído ao clube paulista para passar às finais do Campeonato Brasileiro.
"Jogar às 16h é um absurdo. O Código de Defesa do Torcedor deveria observar isso. Temos de fazer alguma coisa a respeito. Impor um horário razoável, digno", criticou o técnico Carlos Alberto Parreira, fazendo coro às declarações de Renato Gaúcho -o treinador do Fluminense já criticara o horário da partida de amanhã.
O principal argumento é o de que o forte calor que deverá fazer nesse horário no Rio de Janeiro atrapalha o desempenho físico dos atletas de ambos os times.
Segundo institutos meteorológicos, amanhã, às 16h, o horário do primeiro jogo das semifinais, a temperatura máxima no estádio do Maracanã poderá chegar perto dos 40C, e a mínima não deve ficar abaixo dos 25C.
O Corinthians não costuma nem sequer treinar no horário em que o confronto no Rio será realizado. Na maioria das vezes, os trabalhos no Parque São Jorge são pela manhã, quando a temperatura costuma ser mais amena.
Segundo Parreira, a opção por não treinar no mesmo período em que as partidas diurnas são disputadas não acarreta nenhum tipo de prejuízo a sua equipe.
"Não há nenhuma teoria que prove que treinar no mesmo horário do jogo seja melhor. A gente treina de manhã porque assim o jogador acorda e dorme mais cedo", afirma o técnico.
Enquanto Parreira criticava a marcação do confronto para as 16h em pleno horário de verão, alguns jogadores corintianos tentavam afastar o aumento do favoritismo do clube, sobretudo após as eliminações de São Paulo e São Caetano, únicos que teriam a vantagem de jogar por dois empates se pegassem o Corinthians.
Dos quatro primeiros colocados na primeira fase do Nacional, apenas o time do Parque São Jorge está entre os semifinalistas. "Não somos favoritos de maneira nenhuma", declarou Deivid.
"A equipe deles é bem mais técnica do que a nossa", acrescentou Fabinho, para quem o Corinthians deve "cozinhar o galo" na partida no Rio, buscando manter ao máximo a posse de bola, algo que o clube tem conseguido ao longo deste Brasileiro.
"Ficou provado que tudo se resolve em campo. Os times favoritos para a imprensa estão sendo eliminados. Ficaram quatro times grandes, e todos têm chances", analisou Fábio Luciano.
Já Vampeta elegeu as semifinais como a fase mais difícil: "Se passarmos do Fluminense, dificilmente tiram o título da gente".
O zagueiro Anderson treinou ontem. Ele seria reavaliado hoje pelos médicos e deverá voltar à equipe, no lugar de Scheidt. Caso confirme seu retorno, serão quatro os corintianos pendurados com dois amarelos que atuarão -além dele, Fábio Luciano, Fabinho e Gil estão nessa situação.


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