DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasileiro de Stock Car tem hoje a chance de virar uma página de sua história. Ou se render, novamente, ao mais vencedor dos dinossauros, Ingo Hoffmann, 50.
A missão, porém, é difícil para o pioneiro, um dos 19 que se aventuraram em Tarumã a bordo de Opalas seis cilindros na primeira corrida da categoria, em 1979. Recordista em títulos (12) e vitórias (73) e atual campeão, Ingo, apenas o quarto na classificação, precisa vencer e torcer para que o líder, David Muffato, chegue no máximo na sétima colocação.
A matemática complica se Ingo chegar em segundo. Maffuto não poderia passar da 12ª colocação, e o veterano precisaria ainda ficar à frente de Guto Negrão, o vice-líder. Cacá Bueno, terceiro no campeonato, completa a disputa, que começa às 11h, em Interlagos.
Ou seja, é grande a chance de a Stock produzir um novo campeão, a despeito dos dinossauros, como o próprio Ingo e Chico Serra -o último título fora da dupla coube a Paulão Gomes, em 1995.
Abriria de fato um novo capítulo um triunfo de Muffato, 32, ou de Bueno, 27, filho de Galvão Bueno. Seria o primeiro de gerações posteriores à dos fundadores, que, nos últimos anos, conseguiram modernizar a Stock e seduzir patrocinadores e TV com modelo inspirado na Nascar americana.
Um marco para todos, só outra decisão para Ingo. "Minha posição é diferente da deles. Eu já não preciso provar nada a ninguém."