São Paulo, terça-feira, 30 de novembro de 2004

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Clube vai ter diretas, mas não há candidatos

DO ENVIADO A PORTO ALEGRE

Embora o estatuto do Grêmio permita a reeleição, Flavio Obino, por motivos que parecem evidentes, não vai tentar um novo mandato no pleito de 9 de dezembro.
O mais impressionante é que até agora não se sabe quem concorrerá à cadeira dele. As chapas têm de ser inscritas até a próxima sexta-feira.
Nenhum dos quatro grupos em que está dividido o Conselho Deliberativo lançou candidato. É certo que um deles, o de Obino, não lançará. Dos outros três, o mais forte é o encabeçado pelo presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, que já comandou o clube em 1982/83 e de 93 a 96, anos das maiores conquistas gremistas, o que o torna bem cotado entre os torcedores.
Em seguida vem a corrente de José Alberto Guerreiro e Paulo Odone, este o favorito para unir a maior parte das tendências.
Odone, que já presidiu o Grêmio de 1987 a 1990, liderou o grupo que elaborou recentemente a reforma do estatuto do clube.
Na semana passada, os conselheiros aprovaram as modificações, que têm como principal novidade eleições diretas (com a participação dos sócios) já neste ano.
O primeiro turno do pleito, porém, se restringe ao Conselho Deliberativo, com 319 integrantes. Só vai ao segundo turno, marcado para 16 de dezembro e no qual os sócios podem votar, o nome que tiver pelo menos 30% de votos no conselho.
É consenso no Olímpico que ninguém conseguirá apaziguar os ânimos e fazer uma sucessão tranqüila sem o apoio de Koff, o mais influente cacique gremista. O cartola, que se recupera de uma cirurgia a que se submeteu na semana passada, já demonstrou seu apoio a Odone, mas ainda tenta minar a resistência de alguns aliados ao nome.
O quarto e minoritário grupo do conselho, o Grêmio Independente, também deve lançar candidato nesta semana. (FV)


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