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Palmeiras revive bons momentos e respira
Depois de entrar em colapso, time dá a volta por cima e derrota o Atlético-MG
Palmeiras 3
Atlético-MG 1
MARTÍN FERNANDEZ
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Não foi uma vitória qualquer
a do Palmeiras sobre o Atlético--MG, ontem à tarde, no Parque
Antarctica, que manteve o time
na luta pelo título nacional.
Falando primeiro das obviedades, o clube findou uma série
de quatro partidas sem vencer
no torneio, despediu-se de sua
torcida nesta temporada com
um triunfo convincente e ficou
próximo de garantir vaga na
próxima Libertadores.
Mas se forem levados em
conta a atuação e o gol espetacular do meia Diego Souza, o
tento de Vagner Love que o reconciliou com as arquibancadas e a disposição do elenco depois de ele ter entrado em colapso, os três pontos ganham
importância ainda maior.
Poucos poderiam imaginar
que um dia depois de ter sido
alvo de uma emboscada em que
apedrejaram o ônibus da equipe e da sequência de problemas
enfrentados desde a última
derrota, o Palmeiras conseguiria dar a volta por cima.
"O importante é que voltamos a jogar bem", disse o goleiro Marcos, que lamentou o empate ante o Sport, em casa, no
dia 11. "Se a gente tivesse ganhado do Sport, seríamos líderes do campeonato hoje."
O Palmeiras esteve até próximo de terminar a 37ª jornada
no topo. Curiosamente, todos
no estádio torciam pelo gol do
Corinthians quando o Flamengo vencia por 1 a 0 e o Internacional tropeçava no Recife.
O próprio capitão palmeirense, no entanto, lembrou-se da
situação dramática que o clube
viveu até o árbitro apitar o final
do duelo de ontem e acabou
ponderando seu lamento. "Todos os times tiveram queda de
rendimento, né?", afirmou.
A queda palmeirense, por
exemplo, levou a equipe que
passou 17 rodadas como a melhor do país até o quarto lugar
antes do início desta jornada.
A vitória resgatou a autoestima do grupo, que voltou a falar
até em título, apesar da vantagem flamenguista (64 a 62).
"Estamos na briga. Tem
equipes na nossa frente, mas
vai tudo para a última rodada.
Precisamos vencer um jogo difícil que vai ser contra o Botafogo", disse Diego Souza, citando
o adversário a ser encarado no
próximo domingo, no Rio.
O camisa 7, por sinal, foi um
dos símbolos da retomada palmeirense no Brasileiro.
O chute com força e com raiva, quase do meio do campo, foi
justamente o que resultou na
virada, palavra da moda ontem.
Virada pessoal para o próprio
Diego, que desde suas convocações para a seleção brasileira
havia caído de rendimento.
"Foi um gol muito bonito e importante para o Palmeiras."
Ele não foi o único a fazer as
pazes com a torcida. Vagner
Love, que não balançava as redes desde o dia 8 de outubro,
aproveitou passe de Deyvid
Sacconi para anotar o terceiro,
aos 46min da etapa inicial.
Por último, o primeiro. No
gol de Cleiton Xavier, logo aos
2min de jogo, celebrou-se a
abertura do placar e a volta do
camisa 10 ao time, fora de combate nas últimas cinco partidas
por conta de uma contusão.
No meio da história de redenções palmeirenses, houve
até o gol de Diego Tardelli, aos
13min, àquela altura, o do empate. Na tarde dos sonhos alviverde, porém, tratou-se apenas
do ingrediente para fazer tudo
parecer mais saboroso.
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