DA REPORTAGEM LOCAL

Várias são as justificativas das mulheres para se iniciar no "vício" da corridas. A principal delas é algo que atormenta o sexo feminino.
"É uma ótima atividade física para emagrecer. E toda mulher, independentemente do peso, quer perder dois quilos", brinca Mário Sérgio Andrade Silva, 41, técnico da Run & Fun.
Esse foi o motivo que levou a dermatologista Fabiane Nogueira, 35, às provas na rua. Corredora há três anos, ela tinha a resposta na ponta da língua quando seu treinador lhe perguntou qual era o seu objetivo para 2009.
"Comer", respondeu, para espanto do treinador, que esperava algo como correr a tradicional Maratona de Nova York ou participar da Meia-Maratona do Rio.
"Adoro sair para jantar para aproveitar tudo de bom que uma cidade como São Paulo oferece. Mas mulher engorda mais fácil", explica Fabiane, dizendo que seus treinos e provas servem para deixá-la sem peso na consciência no dia seguinte.
"Lembro que queimei 700 calorias no treino da manhã", contabiliza ela, que participou de 20 provas em 2008, incluindo a Meia-Maratona de Lisboa, e correrá a São Silvestre amanhã.
Ela elogia iniciativas como o Circuito Vênus, destinado somente às mulheres.
Opinião diversa tem Gláucia Martins Pereira, 47, que afirma serem esses espaços especiais só uma forma de marketing. "Buscam vender material esportivo e expor suas marcas. As mulheres não precisam disso."
Praticante há sete anos, Gláucia buscou as corridas por uma razão inusitada.
"Queria meditar", diz a professora de ioga, que também está inscrita para participar da 84ª São Silvestre.
Ela diz que encontrou no asfalto uma forma de atingir o objetivo. "Queria me condicionar para meditar. E a corrida é maravilhosa para isso." (ALF)


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