São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2009

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memória

Seleção levou taça batendo time da casa

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção brasileira chegou ao Chile para a disputa do Mundial de 1959 como uma das favoritas ao título.
"A equipe era bem cotada. Havia sido vice-campeã [mundial] em 1954. Brasil, URSS e EUA eram os países mais citados para ganhar", diz Wlamir, titular do time.
Na preparação para o torneio, os convocados passaram por quatro meses de treinamento levando uma rotina espartana. O técnico Togo Renan Soares, o Kanela, disciplinador, acordava pessoalmente os jogadores para o treino da manhã.
"Ele dizia que os soviéticos estavam vindo aí. Saíamos animados", lembra Waldyr.
O elenco se preparou em Piracicaba, São Paulo e Rio. Na capital fluminense, o grupo se instalou em um alojamento da Marinha, em instalações nada luxuosas. "Todo mundo dormia no mesmo quarto", recorda-se Pecente.
No Mundial, o Brasil ficou no Grupo B, em Temuco. O time bateu Canadá (69 a 52) e México (78 a 50) e perdeu para a URSS (73 a 64). Mesmo assim, saiu como líder da chave, pois os soviéticos caíram diante dos canadenses.
A fase final, disputada em quadra montada no campo do estádio Nacional, em Santiago, teve sete países.
O Brasil estreou derrotando Taiwan (94 a 76), passou pela Bulgária (62 a 53) e perdeu de novo da URSS (66 a 63). Depois, superou Porto Rico (99 a 71) e EUA (81 a 67).
Os soviéticos estavam com a taça na mão. Haviam até batido a Bulgária (78 a 58) em um jogo suspeito -eram tempos de Guerra Fria.
Mas o elenco recebeu ordem de Moscou para não enfrentar Taiwan por motivos políticos. Punida, a URSS ficou fora da luta pelo título.
No último duelo, a seleção precisava da vitória sobre o Chile para ser campeã. O time da casa também tinha chance de ficar com o troféu.
"O Chile não era um adversário fácil de ser batido, e o estádio Nacional estava lotado", rememora Wlamir. Mas, com atuações impecáveis dele e de Amaury, o Brasil ganhou por 73 a 49.0 (ALF)


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