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memória
Seleção levou taça batendo time da casa
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção brasileira chegou
ao Chile para a disputa do
Mundial de 1959 como uma
das favoritas ao título.
"A equipe era bem cotada.
Havia sido vice-campeã
[mundial] em 1954. Brasil,
URSS e EUA eram os países
mais citados para ganhar",
diz Wlamir, titular do time.
Na preparação para o torneio, os convocados passaram por quatro meses de
treinamento levando uma
rotina espartana. O técnico
Togo Renan Soares, o Kanela, disciplinador, acordava
pessoalmente os jogadores
para o treino da manhã.
"Ele dizia que os soviéticos
estavam vindo aí. Saíamos
animados", lembra Waldyr.
O elenco se preparou em
Piracicaba, São Paulo e Rio.
Na capital fluminense, o grupo se instalou em um alojamento da Marinha, em instalações nada luxuosas. "Todo
mundo dormia no mesmo
quarto", recorda-se Pecente.
No Mundial, o Brasil ficou
no Grupo B, em Temuco. O
time bateu Canadá (69 a 52)
e México (78 a 50) e perdeu
para a URSS (73 a 64). Mesmo assim, saiu como líder da
chave, pois os soviéticos caíram diante dos canadenses.
A fase final, disputada em
quadra montada no campo
do estádio Nacional, em Santiago, teve sete países.
O Brasil estreou derrotando Taiwan (94 a 76), passou
pela Bulgária (62 a 53) e perdeu de novo da URSS (66 a
63). Depois, superou Porto
Rico (99 a 71) e EUA (81 a 67).
Os soviéticos estavam com
a taça na mão. Haviam até
batido a Bulgária (78 a 58)
em um jogo suspeito -eram
tempos de Guerra Fria.
Mas o elenco recebeu ordem de Moscou para não enfrentar Taiwan por motivos
políticos. Punida, a URSS ficou fora da luta pelo título.
No último duelo, a seleção
precisava da vitória sobre o
Chile para ser campeã. O time da casa também tinha
chance de ficar com o troféu.
"O Chile não era um adversário fácil de ser batido, e o
estádio Nacional estava lotado", rememora Wlamir. Mas,
com atuações impecáveis dele e de Amaury, o Brasil ganhou por 73 a 49.0
(ALF)
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