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FUTEBOL
Atuais campeões não justificam fama da Vila Belmiro e amargam o empate
Paraná ignora "alçapão" e ofusca a estréia do Santos
DA REPORTAGEM LOCAL
Um clube em crise financeira e
que viveu momentos de agonia
em seu Estadual conseguiu ontem
minimizar a fama de "alçapão" da
Vila Belmiro e estragar a estréia
dos sonhos do atual campeão brasileiro no Nacional-2003.
O Santos chegou a estar perdendo por 2 a 0, reagiu, mas deixou
seu estádio com um minguado
empate em 2 a 2 com o Paraná.
Para os visitantes, que jogaram
com dez atletas boa parte da etapa
final e com nove os momentos decisivos da partida, o resultado foi
surpreendente, principalmente se
os resultados obtidos no início da
temporada e a situação financeira
do clube forem levados em conta.
O time teve um desempenho pífio no Paranense e só se livrou do
rebaixamento na última rodada.
Além disso, conta com uma dívida global de R$ 6 milhões.
Já a equipe da casa não mostrou
o mesmo espírito aniquilador em
seus domínios exibido em 2002.
No ano passado, o Santos disputou 15 partidas em casa no Brasileiro. Venceu nove, empatou três
e perdeu só duas, criando a fama
de "alçapão" para a Vila.
Aguerrido na marcação, o Paraná iniciou o primeiro tempo anulando a armação das jogadas santistas. Explorando os contra-ataques, o time abriu o placar logo
aos 13min. Renaldo desviou de
cabeça cruzamento de Fabinho e
colocou os visitantes na dianteira.
O Santos se lançou ao ataque e
chegou a levar perigo em chutes
de Elano e Robinho, mas foi o Paraná que voltou a marcar. Em outro contragolpe aos 29min, Marquinhos partiu com a bola do
meio-campo e invadiu a grande
área. Paulo Almeida, na tentativa
de anular a jogada, acabou fazendo gol contra. O juiz, porém, registrou o tento para o atacante.
Com uma vantagem no marcador que surpreenderia seus entusiastas mais otimistas, o Paraná se
fechou na defesa e começou a
abusar das faltas -os jogadores
receberam quatro cartões amarelos só na primeira etapa.
Mesmo assim, os santistas conseguiram romper o bloqueio do
rival e diminuíram a vantagem.
Robinho, aos 35min, invadiu a
área pela esquerda do ataque e tocou na saída do goleiro Darci.
Os atuais campeões brasileiros
deixaram o campo reclamando
da arbitragem -lamentavam a
não-marcação de duas penalidades, uma legítima, sobre o Diego- e prometendo mais força
ofensiva na etapa final.
Mas os jogadores exageraram.
Paulo Almeida, logo no início da
etapa final, empurrou um rival
após disputa de bola. O juiz preferiu abrandar a situação e deu apenas cartão amarelo ao santista.
O tão festejado ataque do Santos
-é o melhor da Libertadores até
aqui, com 15 gols em três jogos-
continuou encontrando dificuldades para chegar ao gol do Paraná. Mesmo após perder Valdir,
expulso, o visitante continuou
brecando o ímpeto santista.
O cenário da estréia perfeita dos
paranaenses começou a se esvair
aos 30min. O atacante Nenê, que
entrou no segundo tempo, recebeu passe dentro da área e tocou
para empatar o jogo em 2 a 2.
A partir daí, o Santos aumentou
a pressão. Criou diversas oportunidades para marcar, mas desperdiçou todas. "Erramos demais
nos momentos decisivos", resumiu o zagueiro Alex.
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