DO ENVIADO A ASSUNÇÃO

Em nenhum clube ele teve vida longa, mas, na seleção brasileira, Ronaldo, 27, acaba de entrar para um seleto grupo de longevidade.
Na semana passada, o estelar atacante do Real Madrid completou dez anos de serviços prestados ao time nacional.
Sua primeira partida pelo Brasil aconteceu no dia 23 de março de 1994 -entrou no segundo tempo em uma vitória contra a Argentina, por 2 a 1, no Recife. Seu primeiro gol aconteceu pouco antes do Mundial dos Estados Unidos, num amistoso contra a Islândia em Florianópolis.
Do grupo que está no Paraguai, só o capitão Cafu tem uma primeira convocação com data mais antiga do que Ronaldo, que, segundo as estatísticas da CBF, acumula 51 gols nas dez temporadas jogando pela seleção.
Depois de dez anos, o atacante garante que ainda tem muita vontade de jogar pelo Brasil.
"Na seleção, a gente tem que estar sempre motivado. Só por estar vestindo a camisa amarela a gente tem que dar tudo e sempre conseguir a vitória", disse Ronaldo.
O atacante ficou cerca de dois anos e meio afastado da seleção brasileira devido à grave lesão que sofreu no joelho -a contusão lhe custou um quarto dos dez anos de camisa amarela. Ele perdeu, por exemplo, todos os jogos das eliminatórias para a Copa de 2002.
Atração principal para torcedores e imprensa no Paraguai, Ronaldo não sofrerá marcação individual no duelo de hoje. "Não podemos tomar conta só do Ronaldo e deixar os outros, que também resolvem, livres", afirma o zagueiro Gamarra.
Apesar de, na seleção, estar longe do desempenho que teve no Mundial da Coréia e do Japão, Ronaldo é o principal artilheiro do Brasil nas eliminatórias. Em quatro jogos, ele marcou três gols.
Preocupado com o desgaste sofrido por seu atacante e também pelo lateral Roberto Carlos, a direção do Real Madrid deve fretar um avião para levar os dois jogadores de volta à Espanha logo depois do fim da partida de hoje em Assunção. (PC)


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