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Brawn vai demitir 270 funcionários
DA ENVIADA A MELBOURNE
Um dia após vibrarem com
uma dobradinha histórica, a
primeira em 55 anos de um
time estreante na F-1, os funcionários da Brawn receberam ontem uma má notícia.
A nova direção da equipe
(ex-Honda) anunciou corte
de aproximadamente 40%
do pessoal. Dos 700 funcionários, 270 serão demitidos.
"Nós queremos voltar ao
estágio de 2004. É um momento triste, mas precisamos nos adequar ao novo regulamento e agora somos
uma escuderia privada", disse Nick Fry, CEO da Brawn.
O dirigente se refere a algumas das novas regras da
categoria concebidas pela
FIA (entidade máxima do
automobilismo) para cortar
custos. E à nova condição financeira do time, não mais
bancado pela montadora.
Em 2004, antes de ser
comprada pela Honda e ainda com o nome BAR, a equipe inglesa viveu sua melhor
temporada na F-1. Com Jenson Button e Takuma Sato
como pilotos, foi vice-campeã de Construtores, com 119
pontos -a Ferrari vivia o auge da era Michael Schumacher e venceu, com 262.
A Honda assumiu em
2006. Inchou a estrutura da
fábrica, cometeu seguidos
erros de organização e foi
uma tragédia nas pistas.
Seu melhor campeonato
foi justamente o daquele
ano, ainda com heranças da
BAR: quarta colocada. Em
2007, foi oitava. Em 2008,
caiu mais uma colocação.
Uma medida do fiasco: os
18 pontos conquistados em
Melbourne são exatamente o
que a equipe obteve nas duas
últimas temporadas -foram
35 corridas, ao todo.
O novo time, no entanto,
corre o risco de perdê-los.
No dia 14, a Corte de Apelações da FIA vai julgar o recurso de equipes adversárias
contra os difusores de
Brawn, Williams e Toyota.
As peças, componentes aerodinâmicos sob a asa traseira, têm uma segunda passagem para melhorar o fluxo de
ar, o que as rivais dizem ser
ilegal. Em Melbourne, a FIA
aprovou a inovação.
(TC)
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