São Paulo, terça-feira, 31 de março de 2009

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Brawn vai demitir 270 funcionários

DA ENVIADA A MELBOURNE

Um dia após vibrarem com uma dobradinha histórica, a primeira em 55 anos de um time estreante na F-1, os funcionários da Brawn receberam ontem uma má notícia.
A nova direção da equipe (ex-Honda) anunciou corte de aproximadamente 40% do pessoal. Dos 700 funcionários, 270 serão demitidos.
"Nós queremos voltar ao estágio de 2004. É um momento triste, mas precisamos nos adequar ao novo regulamento e agora somos uma escuderia privada", disse Nick Fry, CEO da Brawn.
O dirigente se refere a algumas das novas regras da categoria concebidas pela FIA (entidade máxima do automobilismo) para cortar custos. E à nova condição financeira do time, não mais bancado pela montadora.
Em 2004, antes de ser comprada pela Honda e ainda com o nome BAR, a equipe inglesa viveu sua melhor temporada na F-1. Com Jenson Button e Takuma Sato como pilotos, foi vice-campeã de Construtores, com 119 pontos -a Ferrari vivia o auge da era Michael Schumacher e venceu, com 262.
A Honda assumiu em 2006. Inchou a estrutura da fábrica, cometeu seguidos erros de organização e foi uma tragédia nas pistas.
Seu melhor campeonato foi justamente o daquele ano, ainda com heranças da BAR: quarta colocada. Em 2007, foi oitava. Em 2008, caiu mais uma colocação.
Uma medida do fiasco: os 18 pontos conquistados em Melbourne são exatamente o que a equipe obteve nas duas últimas temporadas -foram 35 corridas, ao todo.
O novo time, no entanto, corre o risco de perdê-los.
No dia 14, a Corte de Apelações da FIA vai julgar o recurso de equipes adversárias contra os difusores de Brawn, Williams e Toyota.
As peças, componentes aerodinâmicos sob a asa traseira, têm uma segunda passagem para melhorar o fluxo de ar, o que as rivais dizem ser ilegal. Em Melbourne, a FIA aprovou a inovação. (TC)


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