São Paulo, domingo, 31 de maio de 2009

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Painel FC

Conta salgada

Cartolas ligados à candidatura paulista para a Copa--14 dizem que o Morumbi precisa de R$ 300 milhões para adequar a arena às exigências da Fifa. O dinheiro, diga-se, é o principal entrave do estádio são-paulino. O problema é que não haverá verba pública, e os dirigentes do time tricolor não estão dispostos a ceder a gestão do estádio à iniciativa privada, como ocorrerá no Maracanã. Dessa maneira, não têm como dar contrapartida a possíveis interessados. O único parceiro apresentado pelo clube paulista até agora é a Visa.


Alternativa. Caso o São Paulo não consiga arrumar o Morumbi, o plano B é um projeto de outro estádio, com custo avaliado em R$ 500 milhões. Nesse caso, porém, o governo paulista não irá desembolsar um centavo.

Prazo. Em conversas reservadas, dirigentes comentam que o São Paulo terá seis meses, após a Fifa apontar as falhas no projeto do Morumbi, para ajeitar a situação.

Procura-se. Um novo estádio para a capital só seria tocado se houvesse empresas interessadas em colocar o dinheiro e um clube como seu gestor. Temem que vire um novo Engenhão, que tem problemas por má conservação.

Insatisfeito. O Flamengo contesta o edital de licitação do Maracanã. Discorda do fato de clubes não poderem participar dos consórcios que explorarão o estádio e pede ao governo estadual que reveja isso. Caso contrário, ameaça não entrar no processo.

Maioria. Para participar do edital, as empresas têm de ter cartas de dois clubes se comprometendo a jogar no estádio. O peso dado a eles é o mesmo. O Fla reclama, pois diz gerar 70% da renda anual com bilheteria do Maracanã.

Unha... Tem chamado a atenção de cartolas a aproximação entre Marco Polo Del Nero, presidente da FPF, e o presidente do Corinthians, Andres Sanchez. Os dois têm se falado diariamente.

...e carne. Por isso, Andres é considerado a peça-chave para as pretensões dos outros grandes de formar o bloco para dar mais poder aos clubes nas negociações comerciais, principalmente as com a TV, hoje controladas pela FPF.

Quase lá. Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente palmeirense, diz que as negociações com a Cosan estão perto de serem concluídas. Dessa maneira, a Esso deve estampar a marca no calção palmeirense.

Iguais. Presidente do Pinheiros e membro do Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos, Antônio Moreno Neto diz que a lei que prevê parcelamento de dívidas com a União acabou com a parcialidade que havia em favor dos clubes de futebol.

Demorou. Ele não vê a nova lei como sinalização de que a gestão do Confao em receber quinhão da verba da Lei Piva está próxima. "Trata-se de uma solicitação antiga."


Colaboraram EDUARDO OHATA e PAULO GALDIERI , da Reportagem Local

Dividida

"A federação não tem poder. É um cartório de registros. Só dá carimbos e almoço para o pessoal"
Do presidente são-paulino, JUVENAL JUVÊNCIO , sobre a FPF agenciar o contrato de televisão com a TV Globo


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