DA ENVIADA A SANTOS

A equipe do Santos que hoje enfrenta o Corinthians apresenta uma mudança tática em relação à que perdeu o Estadual. Mas a alteração vem fazendo diferença no time no início do Brasileiro.
O colombiano Mauricio Molina, 29, encostado no banco em boa parte do Paulista, tornou-se o destaque santista nos primeiros jogos.
Suas boas atuações o ajudaram a roubar o lugar do xodó Neymar na equipe titular.
Desde que chegou ao Santos, em fevereiro de 2008, o colombiano passou por altos e baixos. Após o Estadual, seu nome era sempre citado entre os que não estavam nos planos de Vagner Mancini.
Mas ele permaneceu. Tornou-se curinga e assumiu o posto de batedor de faltas do time -dos três gols de bola parada já marcados neste Brasileiro, dois foram seus.
"O Molina me dá mais sustentação no meio-campo. Ganho também na articulação das jogadas e nas cobranças de falta", disse Mancini sobre o novo titular.
A boa fase do meia é associada também a uma melhora do setor ofensivo santista.
Nos três primeiros jogos, o Santos alcançou o posto de melhor ataque do campeonato, com oito gols e média de 2,6 por partida. No Paulista, o quociente foi de 1,5 tento por jogo, diz o Datafolha.
Caso mantenha seu bom desempenho, Molina atingirá em breve uma marca histórica. Será o maior artilheiro estrangeiro do Santos.
Com 17 gols, o meia está a três de igualar o recorde do argentino Etchevarrieta, que atuou no Santos nos anos 40.
Para o jogador, o bom momento é recompensa de sua paciência. Após 15 meses, Molina diz estar finalmente adaptado ao clube.
"Hoje, meus companheiros têm confiança em tocar a bola para mim, porque me conhecem mais", declarou.
Os números corroboram sua percepção. Se recebia em média 13,7 bolas por partida no Paulista, no Brasileiro, Molina é o destino de 19 passes por duelo. (CA)


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