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Engrenagem
Levantamento revela que Luis Fabiano precisa de
Kaká para
jogar o futebol
que o tornou
a principal esperança
de gols do Brasil
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO
Pouca gente tem tantos
motivos para torcer para que
Kaká esteja 100% fisicamente na Copa do Mundo da África do Sul como Luis Fabiano.
Jogando com o antigo
companheiro de São Paulo, o
atacante de 29 anos tem números de Pelé na seleção de
Dunga. Quando Kaká não está ao seu lado, seu desempenho é próximo do sofrível.
Com o atual treinador no
comando, Luis Fabiano e Kaká atuaram juntos 15 vezes, e
o Brasil não perdeu nenhuma (13 vitórias e 2 empates).
Nesses duelos, o atleta do
Sevilla, clube que deve deixar antes da próxima temporada europeia, fez 16 gols, ou
1,07 por jogo. Balançou as redes em nove oportunidades,
ou em 60% das partidas.
Quando Kaká desfalcou a
seleção, Luis Fabiano não foi
nem sombra disso. Foram
nove jogos e três gols marcados -passou em branco sete
vezes. A média de 0,33 não
chega a um terço do seu desempenho com o meia-atacante do Real Madrid em
campo. E a performance da
seleção ficou nos 55%.
Tanto Luis Fabiano como
Kaká se apresentaram na seleção depois de contusões. O
primeiro disse estar plenamente recuperado, enquanto
o segundo ainda não deu entrevistas desde que o time se
apresentou, dez dias atrás.
"Eu não sabia da gravidade da lesão. Depois que fiz o
exame e mandei para os médicos da seleção, fiquei mais
tranquilo. Trabalhei bastante, até em três períodos, e
agora estou trabalhando em
dois [ontem, só ele e Kaká
treinaram pela manhã]."
Confiante de que tanto ele
quanto Kaká vão estar em
boas condições no Mundial,
Luis Fabiano não repete agora a mesma ambição das eliminatórias, quando deixou
claro que desejava a artilharia -o que não aconteceu.
"Ser o melhor da Copa é difícil. Eu gostaria mesmo é de
beijar aquela taça e desfilar
no carro aberto. Isso é o que
fica marcado, não adianta
nada ser o artilheiro, com a
chuteirinha de artilheiro,
sem ser campeão", disse.
Na entrevista coletiva,
Luis Fabiano achou espaço
até para minimizar o faro de
gol do argentino Messi, atual
melhor jogador do mundo.
Isso ao comentar os principais concorrentes à artilharia
da Copa. "Eu acho que o [inglês] Rooney e o Villa, da Espanha, são jogadores que fazem muitos gols. São esses."
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