São Paulo, segunda-feira, 31 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br

O tropeço da Espanha

A Espanha comemora o fato de ter menos fúria e mais toque de bola. Não é um time de raça. É técnico. E foi essa a diferença fundamental na campanha na Eurocopa, quando ganhou jogando bonito. Sí, se puede...
Mas o amistoso contra a Arábia Saudita, no sábado, vencido por 3 a 2 com gol de Llorente no último minuto, evidenciou que há coisas a resolver. Na Eurocopa, Marcos Senna fazia o trabalho sujo. Cobria os lados do campo, função dividida no amistoso por Xabi Alonso e Busquets. Não funcionou.
O ponto então é tirar um dos dois volantes e voltar a ter o time que brilhou até as semifinais da Euro, em um 4-4-2 com duas linhas de quatro homens, a de meio de campo construída por David Silva, Xavi, Marcos Senna e Iniesta.
Hoje, no lugar de Senna joga Xabi Alonso, muito mais lento do que o brasileiro. No segundo gol saudita, a falta de proteção na cabeça da área foi evidente.
A dificuldade da avaliação desses amistosos pré- -Copa é ficar na medida certa. Eles dão indícios do que anda certo ou errado.
Antes do Mundial da Ásia, quem subestimou a derrota da França, favorita, para a Bélgica, azarão, se deu mal. A França foi eliminada na primeira fase.
A correção, após o fiasco contra a Arábia Saudita, é trocar Busquets por Fernando Torres. Assim, o time jogará com duas linhas de quatro e dois atacantes, como fazia até a lesão de Villa, na semifinal da Euro.
A dúvida é se Xabi Alonso, lento, conseguirá fazer a proteção dos dois lados. Se fizer, a Espanha pode jogar com a bola no pé e o toque envolvente que definiram o estilo vencedor em 2008.
Em Madri e Barcelona, festeja-se o jogo bonito e a certeza de que é ele o que leva ao título. Jogar feio e perder, afinal, é a história do futebol espanhol.

TREINO E PROBLEMAS

Gilberto Silva e Felipe Melo erraram mais passes do que podem no primeiro treino coletivo da seleção brasileira em Johannesburgo. Coletivamente, esse foi o maior problema de um time bem posicionado, que correu e falou muito, os pontos positivos. Individualmente, a grande questão é Kaká. Visivelmente, o camisa 10 do Brasil ainda não está em forma e, sem ritmo de jogo, errou passes e evitou as jogadas mais sérias.


Texto Anterior: Ambicioso, Júlio Baptista se diz preparado
Próximo Texto: Zimbábue iguala amistoso a taça
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.