|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dorival se torna vilão após revés
Técnico é criticado por substituições infrutíferas e pela frequente fragilidade da zaga santista
DE SÃO PAULO
A derrota por 4 a 2 para o
Corinthians, o mais acachapante revés dos meninos da
Vila nesta temporada, ganhou dois candidatos a vilão
após o clássico: a zaga do time e o técnico Dorival Jr.
O treinador foi criticado
por mexer mal na equipe. E a
defesa, pelo óbvio: levou
quatro gols em um clássico.
Aos 17min do segundo
tempo, Dorival sacou Neymar, apagado, para usar
Madson, que nas duas últimas rodadas nem sequer havia sido relacionado. O pequenino atacante pouco estrago fez na zaga corintiana.
Quando o time perdia por 2
a 1, o técnico santista trocou
o lateral Pará pelo atacante
Marcel, abrindo um buraco
em sua defesa. Foi nesse espaço que o Corinthians marcou o terceiro gol, com Ralf.
No fim, Dorival tirou o zagueiro Edu Dracena e arriscou com a entrada do meia
Zezinho. Mais um gol sofrido.
As mudanças fracassadas
do técnico combinam com o
mau desempenho frequente
da zaga santista. Nos últimos
11 jogos, o Santos foi vazado
26 vezes -média de 2,3 tentos tomados por partida.
O lateral Léo reclamou do
excesso de gols sofridos pela
equipe. "Antes, [o Santos]
era o time que dava espetáculo, agora toma gol demais."
E Dracena queixou-se publicamente das loucuras
ofensivas de Dorival.
"Se quiser jogar para o ataque, vai tomar gol mesmo. É
uma opção do treinador.
Sempre estamos expostos",
disse o zagueiro santista.
Durante entrevista após a
partida, Dorival foi bombardeado pelos jornalistas sobre
sua tarde infeliz. E rebateu.
"Eu arrisquei, como sempre arrisquei em todas as vezes que tive o placar adverso.
Não vou deixar de arriscar
nunca. Não vou me omitir em
momento nenhum", disse o
treinador do time litorâneo.
"Nós tínhamos que tentar
alguma coisa. Estava 3 a 1.
Não podia pensar em não levar gols, mas sim em atacar,
diminuir a diferença", disse.
Para ele, o Santos sofreu
com a falta de criatividade e
com a precisão dos rivais para aproveitar as oportunidades. "O Corinthians atacou
cinco, seis vezes, e fez quatro
gols. Tivemos várias chances
e não aproveitamos."
Sobre as críticas de Edu
Dracena, o treinador foi enfático: "Quem dirige a equipe
sou eu e ponto. Jogador não
tem que ficar falando".
(LUCAS REIS E MARIANA BASTOS)
Texto Anterior: Time santista acusa árbitro de favorecer rival Próximo Texto: Zagueiro corintiano alfineta Neymar Índice
|