São Paulo, segunda-feira, 31 de maio de 2010

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Dorival se torna vilão após revés

Técnico é criticado por substituições infrutíferas e pela frequente fragilidade da zaga santista

DE SÃO PAULO

A derrota por 4 a 2 para o Corinthians, o mais acachapante revés dos meninos da Vila nesta temporada, ganhou dois candidatos a vilão após o clássico: a zaga do time e o técnico Dorival Jr.
O treinador foi criticado por mexer mal na equipe. E a defesa, pelo óbvio: levou quatro gols em um clássico.
Aos 17min do segundo tempo, Dorival sacou Neymar, apagado, para usar Madson, que nas duas últimas rodadas nem sequer havia sido relacionado. O pequenino atacante pouco estrago fez na zaga corintiana.
Quando o time perdia por 2 a 1, o técnico santista trocou o lateral Pará pelo atacante Marcel, abrindo um buraco em sua defesa. Foi nesse espaço que o Corinthians marcou o terceiro gol, com Ralf.
No fim, Dorival tirou o zagueiro Edu Dracena e arriscou com a entrada do meia Zezinho. Mais um gol sofrido.
As mudanças fracassadas do técnico combinam com o mau desempenho frequente da zaga santista. Nos últimos 11 jogos, o Santos foi vazado 26 vezes -média de 2,3 tentos tomados por partida.
O lateral Léo reclamou do excesso de gols sofridos pela equipe. "Antes, [o Santos] era o time que dava espetáculo, agora toma gol demais."
E Dracena queixou-se publicamente das loucuras ofensivas de Dorival.
"Se quiser jogar para o ataque, vai tomar gol mesmo. É uma opção do treinador. Sempre estamos expostos", disse o zagueiro santista.
Durante entrevista após a partida, Dorival foi bombardeado pelos jornalistas sobre sua tarde infeliz. E rebateu.
"Eu arrisquei, como sempre arrisquei em todas as vezes que tive o placar adverso. Não vou deixar de arriscar nunca. Não vou me omitir em momento nenhum", disse o treinador do time litorâneo.
"Nós tínhamos que tentar alguma coisa. Estava 3 a 1. Não podia pensar em não levar gols, mas sim em atacar, diminuir a diferença", disse.
Para ele, o Santos sofreu com a falta de criatividade e com a precisão dos rivais para aproveitar as oportunidades. "O Corinthians atacou cinco, seis vezes, e fez quatro gols. Tivemos várias chances e não aproveitamos."
Sobre as críticas de Edu Dracena, o treinador foi enfático: "Quem dirige a equipe sou eu e ponto. Jogador não tem que ficar falando".
(LUCAS REIS E MARIANA BASTOS)


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