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STOP & GO
Melado
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Dizem que Montezemolo, apesar de todos os problemas, deixou a Áustria se gabando de que
a Ferrari já tinha condições de
prescindir de Schumacher.
Deveria, sim, se gabar de ter
um homem na McLaren a seu
serviço, mesmo sem esse sujeito
estar na folha de pagamento da
escuderia italiana.
Tem nome o que Coulthard fez
no circuito austríaco. Nome,
aliás, de baixo calão, que será
evitado por esta coluna. O escocês não apenas tirou a vitória do
próprio companheiro. Cometeu
um suicídio esportivo.
Se já tinha pouca moral dentro da equipe para reclamar de
apoio na luta pelo título, agora
foi oficializado no papel de escudeiro, o que nunca deixou de ser.
Certas atitudes marcam um
homem. Coulthard se entregou
ao papel de segundo piloto
quando deixou Hakkinen passar naquele polêmico GP de
1997, em Jerez de La Frontera.
Cedeu uma vez, cederá sempre. Pior, quando tentar algo diferente, vai se lambuzar, como
fez há uma semana, em Zeltweg.
E quem está com os dedos grudando também é Irvine. Achou
que sua segunda vitória poderia
alçá-lo ao lugar do alemão e recebeu a resposta já no pódio.
Todt não apareceu, e Brow foi
obrigado a abandonar o tipo recluso nos boxes para manter as
aparências e vibrar no pódio.
Irvine, está claro, é um mal necessário para a Ferrari. Não é piloto para disputar título, ou pelo
menos não foi contratado para
esse tipo de missão.
Em uma situação ideal para a
Ferrari, tem apenas que manter
o campeonato em banho-maria
para a volta de Schumacher. E,
se o alemão não voltar ou voltar
muito tarde, fazer apenas com a
que a escuderia caia em pé.
Repetindo o que foi escrito no
último sábado, resta a Irvine
tentar reescrever essa história,
algo que não conseguirá reclamando do time ou fazendo considerações sobre uma eventual
aposentadoria de Schumacher.
Mas, a história prova, segundo
piloto é segundo piloto.
NOTAS
F-3000
O modorrento campeonato
deste ano pode dar o título a
Nick Heidfeld, hoje, com inédita antecedência, na sétima corrida das dez programadas para
esta temporada. A grande promessa alemã larga em sétimo,
mas precisa chegar em segundo para assegurar o título. Max
Wilson e Bruno Junqueira, de
forma inédita também, ocupam a primeira fila hoje.
Diniz
O piloto brasileiro confirmou
em Hockenheim que Sauber e
Benetton negociam sua troca
por Wurz para o ano 2000.
Indy
"Não perde mais Massimiliano Papis... Perde sim! Perde
sim! Tony vai ganhar! Tony vai
ganhar! Agora sim! Não perde
mais Tony Kanaan..." O colega
Teo José pagou o mico no último domingo, vítima de seu
próprio bordão, na última curva da US 500, que premiou o
piloto baiano com sua primeira
vitória na categoria.
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