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AUTOMOBILISMO
Carros ostentam patrocínio
F-1 volta a desafiar
ação antitabagista
FÁBIO SEIXAS
enviado especial a Hockenheim
O primeiro treino livre para o
GP da Alemanha, ontem, transmitiu um recado da F-1 para os
países europeus: quando possível,
a categoria não vai mais abrir mão
do patrocínio tabagista.
Pela primeira vez desde a década de 80, os carros entraram no
circuito de Hockenheim carregando as marcas de cigarro, ainda
a principal fonte de renda de
grande parte das equipes.
Com o gesto, a F-1 rompeu um
acordo de cavalheiros que mantinha com o governo alemão.
"Voluntariamente, vínhamos
correndo aqui sem os logotipos
de cigarro. Mas, no início do ano,
consultamos o Ministério da Saúde da Alemanha e decidimos mudar isso", disse Paul Jordan, diretor de marketing da BAR.
Segundo ele, as equipes concordaram em retirar as marcas de cigarro apenas dos caminhões estacionados na área do paddock.
O que se viu ontem no autódromo, porém, poderia ser entendido como o resultado de uma decisão tomada às pressas: enquanto
alguns mecânicos usavam seus
uniformes habituais, outros trouxeram para Hockenheim a versão
com os logotipos encobertos.
Há anos, a F-1 corre sem o patrocínio tabagista em três países:
Inglaterra, Alemanha e França.
Apenas a legislação francesa,
porém, proíbe de forma categórica o cigarro nos GPs.
A decisão de romper o acordo
com o governo alemão evidencia
a pressão que a categoria vem sofrendo da indústria tabagista.
A cada ano, o setor injeta US$
400 milhões na F-1. Das 11 equipes
do Mundial, 7 têm o tabaco como
seu principal patrocinador (um
time, a BAR, pertence a uma multinacional do tabaco, a BAT).
Por determinação da União Européia, a F-1 tem até 2006 para se
livrar da publicidade tabagista.
Mas a categoria já anunciou que
deixará o cigarro em 2002.
NA TV - Treino oficial para o
GP da Alemanha, Globo, ao
vivo, às 8h
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