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AUTOMOBILISMO
Dois projetos visam aumentar participação do país na categoria
EUA podem amenizar crise da F-1
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A SPA
Antigo objetivo dos homens-fortes da F-1, o mercado norte-americano pode, enfim, ajudar a
categoria a sair de uma das piores
crises financeiras de sua história.
Separadamente, há pelo menos
dois projetos para aumentar a
participação dos EUA no esporte
e, assim, injetar uma dose de capital -e ânimo- nas escuderias.
A principal dessas iniciativas
salvaria a Arrows do buraco. Ontem, a rede britânica BBC informou que um bilionário americano do setor de mineração, Cal
Smith, estaria fechando uma negociação para comprar a equipe.
A notícia parece ter fundamento. No final da tarde, o time, com
dívidas estimadas em US$ 20 milhões, anunciou que não vai participar do GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. O motivo: está
na iminência de ser vendido.
"Profissionais estiveram trabalhando duro para que a negociação fosse concluída antes do final
de semana. Infelizmente, devido à
grande quantidade de documentos, não foi possível", afirmou o
comunicado emitido pela equipe.
Antes de anoitecer, os caminhões da Arrows já deixavam o
circuito belga. Quando ressurgir,
em Monza, provavelmente já será
movido a capital dos EUA.
Por vias tortas, Bernie Ecclestone daria mais um passo para a
aproximação com o mercado que
a F-1 persegue há tempos.
Decepcionado por não correr
em Spa, o brasileiro Enrique Bernoldi disse que espera uma conclusão rápida: "Já estava esperando não correr. Agora só me resta
ir para casa. Estou tão desapontado que não vou assistir ao GP."
A segunda iniciativa parte da
Red Bull, marca austríaca de bebidas energéticas que começa a se
fixar nos EUA. Depois de comprar um time na IRL, a empresa
agora está disposta a colocar um
piloto norte-americano na F-1.
Já lançou até um programa, o
"Driver Academy" (em inglês,
academia de pilotos). O eleito
provavelmente estará na categoria no ano que vem ou em 2004
-o favorito à vaga é A.J.Allmendinger, 20, vencedor de Barber
Dodge, categoria-escola da Indy.
O resultado final do projeto vai
ser divulgado no GP dos EUA.
Nos dois casos, equipes de F-1
seriam beneficiadas. Com as verbas de patrocínio minguando e os
custos da categoria crescendo, pelo menos três enfrentam dificuldades: Arrows, Minardi e Jordan.
Para os dirigentes da categoria,
esse repentino flerte com os EUA
não poderia vir em melhor hora.
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